segunda-feira, 20 de julho de 2009

O fim da novela do visto

Há algum tempo falei aqui que estávamos em processo de renovação do nosso work permit. Pois bem, mesmo depois de decidirmos voltar para o Brasil, o processo ainda estava rolando e tínhamos alguma esperança de ir embora daqui com o work visa, o que facilitaria uma futura volta. Mas o tempo foi passando, a esperança foi diminuindo, e nada da Imigração dar notícia.

Semana passada, alguns dias antes de irmos até lá para pedirmos nossos passaportes de volta, chegou uma carta para o Maurício. Com mais de 80 dias de processo, disseram que estavam propensos a negar o visto porque, para a função que o Mauricio aplicou, existem cidadãos neo-zelandeses ou residentes capacitados, portanto, eles não podem dar preferência para um estrangeiro. Além disso, a empresa não garantia o mínimo de 30 horas semanais de trabalho, outro problema. Caso quiséssemos recorrer, teríamos que mandar mais documentos que justificassem o visto. Mas mesmo que tentássemos, iriam enrolar mais algumas semanas e no final é quase certo que negariam do mesmo jeito. Desistimos, pelo menos por agora.

É o que o Mauricio falou, é uma nova maneira de dizerem não, vencendo pelo cansaço. Mas enfim, pedimos tanto pra Deus nos orientar mostrando o melhor caminho que, depois dessa, ficou bem claro que é hora de voltarmos pra casa mesmo. Matar saudade da familia, amigos, acertar a vida e, quem sabe mais pra frente, cair no mundo e conhecer outros países. Afinal, depois que criamos asas fica difícil parar quietos, hehe.

O próximo post já será do Brasil! O embarque é amanhã de manhã e logo estaremos em casa.

Beijos e até breve!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fotos fresquinhas!

Para quem leu o texto anterior e ficou curioso, já está disponível a primeira leva de fotos da nossa viagem pra Ilha Sul no meu álbum do Picasa.

Tentei selecionar as melhores fotos de cada lugar que passamos, mas já adianto que as fotos não traduzem nem metade da grandeza e beleza desse paraíso.

Para conferir, clique aqui ou copie o link http://picasaweb.google.com/crismorgato/SouthIsland#.

Beijos e até breve!

sábado, 11 de julho de 2009

South Island - The big travel

A viagem















Antes de voltarmos ao Brasil, não poderíamos deixar de conhecer os cenários mais famosos da Nova Zelândia, e a grande maioria deles está localizada na Ilha Sul, onde não havíamos ido até então. Teríamos aproximadamente 20 dias para viajar (antes de embarcar pro Brasil, no dia 21 de julho), mas de acordo com as nossas contas, a verba só dará para cerca de 10 dias.

Traçamos um roteiro com os principais lugares que gostaríamos de conhecer e decidimos ir fazer o seguinte trajeto: ir de avião até Christchurch (conseguimos um vôo barato em promoção), que fica mais ou menos no meio da ilha, alugar um carro, descer até Queenstown, a capital dos esportes radicais, e depois subir pela costa oeste passando por estradas turísticas e pontos interessantes.


A chegada ao sul















A viagem começou no dia 29 de junho, segunda-feira fria e chuvosa. Chegando ao aeorporto de Christchurch, ligamos para umas dez empresas de rent a car e os preços estavam bem acima do que estávamos procurando, mas conseguimos um pacote de 400 dólares por 10 dias, incluindo seguro. Para nossa sorte, nos deram uma perua da Nissan, o que foi perfeito para acomodar nossas malas e, melhor ainda, virar nossa cama com o simples abaixar dos bancos.

Como já era tarde, e no inverno escurece cedo, aproveitamos o resto do dia para conhecer o centro de Christchurch. Cidade antiga mas muito bonita, com a bela catedral central e seus monumentos, e fria. À noite fez cerca de 2 graus, porém sem o “ventinho” de Wellington. Passamos a noite em um camping, aqui chamados de Holiday Park, em nossa super barraca de segunda mão. Depois de uma noite gelada e chuvosa, superamos nosso primeiro perrengue, que foi amenizado por um belo banho quente (coisa rara por aqui quando a idéia é gastar pouco, ou nada, pra passar a noite). Caímos na estrada sentido Queenstown por uma rodovia turística com paisagens de cair o queixo.


Na estrada















No primeiro dia já tivemos nosso primeiro contato com a neve, nessa mesma estrada. O Mauricio chegou a ficar meio tenso em dirigir por pistas congeladas, mas logo o cenário já mudou. Chegamos aos lagos Tekapo e Pukaki, imensos que mais parecem um braço do mar, cercados de montanhas com picos congelados, difícil explicar. Certamente os cenários mais absurdamente lindos que vimos até agora. Tiramos muitas fotos, mas dificilmente elas irão retratar a grandeza que vimos pessoalmente. Pra fechar o dia, chegamos à cidade de Wanaka, construída em volta de outro belo lago. Pequena, porém muito bonitinha e aconchegante. Foi perto dali que passamos nossa primeira noite ao relento. Nossa verba não comporta pagar cerca de $30 dólares toda noite pra dormir em campings, então procuramos um lugar onde pudéssemos estacionar sem pagar e dormir dentro do carro mesmo. Acabamos achando um parque público, com um estacionamento ao lado de um banheiro (à noite não dava pra ver muita coisa, mas como não tinha nenhuma placa escrito “proibido acampar”, como na maioria dos lugares, ficamos por ali mesmo). No começo foi meio tenso, mas como estamos na Nova Zelândia, a noite foi tranquila e sem contratempos, tirando o frio que o Shurato passou, já que dormimos nos bancos da frente porque estávamos apreensivos e um dos nossos sacos de dormir está com o ziper quebrado e o ventinho congelante entrou por todos os lados. Coitado!

Acordamos perto de outro lindo lago, o Hawea, e voltamos pra Wanaka, onde fizemos uma caminhada morro acima no chamado “Roy’s Peak”, pico do monte Roy, indicada pelo Toh. Foi mais ou menos 2h para subir e já estávamos quase nos arrependendo, porque o dia estava nublado, mas o morro ia além das nuvens, e pudemos ter uma visão completamente privilegiada, inexplicável. Vocês verão um pouco nas fotos.

Depois desse episódio atlético, descemos o morro e caímos na estrada sentigo Queenstown. A cidade é o point de quem procura esportes como ski, bungy jump, rafting, entre outros. Dizem que tem mais brasileiro lá que neo-zelandês. O cenário é absurdo, montanhas altíssimas com suas geleiras, um lago imenso que beira toda a cidade, lindo demais. O que estraga é que por ser o maior ponto turístico por aqui, os preços de qualquer atividade são absurdos. A única coisa que pudemos fazer sem pagar foi andar por um jardim e olhar o lago. Um simples teleférico até o topo de uma montanha estava for a do nosso budget. Mas o que vimos valeu muito a pena. Ah, dessa vez dormimos em um camping perto do lago, pudemos fazer nossa caminha mais aconchegante no carro e tivemos uma noite decente e quentinha.


Contratempos climáticos















No quarto dia, decidimos ir para Te Anau, uma cidadezinha pequena mas que nossos amigos disseram ser um dos lugares mais belos da NZ. Porém São Pedro não colaborou muito com a gente. Já no caminho, pegamos uma chuvinha chata que não deu trégua. Resultado, muitas nuvens tampando as paisagens, que prometiam ser deslumbrantes. Lá resolvemos passar a noite em um camping mais “natureba” e barato. Por $5 por pessoa pudemos passar à noite em um parque nacional de conservação ambiental, com direito a água de rio e um banheirinho químico bem nojentinho. O lugar à noite era um tanto quanto assustador, fechado de árvores, mas a paisagem de manhã valeu muito. Pena que o tempo continuou fechado e não conseguimos aproveitar muito o local. Ou seja, Te Anau foi um cu... (piadinha a lá Shurato, rs).

Como a previsão do tempo não era das animadoras, pegamos a estrada de volta rumo à costa oeste, onde começaríamos a subir a ilha sentido aos famosos glaciais. Porém, uma tempestade de neve nos surpreendeu no meio do caminho e a rodovia foi fechada. Resultado, tivemos que parar no primeiro camping que vimos, mas não deu muito certo. O Mauricio tentou entrar com o carro e ficamos atolados na neve. Um caminhão tentou nos ajudar e guinchar o carro mas não foi tão fácil e ele quase derrubou uma árvore, rs. Resultado, o Shu e mais dois caras empurraram o carro e conseguimos sair. Mas não tínhamos como ir muito longe, então paramos no próximo hotel, que era o último ponto antes da interdição da estrada. O jeito foi pagar um pouco a mais e passar a noite por lá, digamos que foi o equivalente a vários dias de pernoite planejados, mas não tivemos escolha. O carro ficou estacionado na beira da rodovia e ficamos em um chalé, esperando a tempestade passar pra seguir viagem. Queríamos ver neve, pois bem, ficamos atolados no meio de um monte de branco no meio do nada. Que alegria! Hahahaha

Como desgraça pouca é bobagem, no segundo dia que estávamos por lá, a estrada foi reaberta, porém, só carros que possuiam correntes para as rodas puderam passar, o que obviamente nao era nosso caso. Resultado, todos pegaram a estrada exceto nós, que tivemos que passar mais uma noite em Makarora. Mas depois de uma bela noite de sono, o dia amanheceu sem tempestades de neve e pudemos pegar a estrada. Porém, foi um trecho bem tenso para nosso motorista Shurato, já que a estrada ainda estava com um pouco de neve e, para ajudar, começou a chover.


Mais um bocadinho de neve















O próximo destino foi os glaciais, Fox Glacier e Franz Josef. Dia de caminhada até o Lake Matheson, conhecido como lago espelho, pois reflete nitidamente a paisagem e, mais a frente, Franz Josef Glacier. É impressionante ver o tamanho que o glacial tinha há 300 anos e o tamanho que tem hoje. Tiramos muitas fotos, mas fica difícil representar a grandeza de lugares como este.


Sem neve, mas com chuva















Mudando de cenário, chegamos à costa oeste da Nova Zelândia, mas foi difícil prestar atenção nas paisagens com tanta chuva. Fizemos uma parada rápida em Greymouth e seguimos viagem até um pouco mais acima, para ver as “Pancake Rocks”, pedras que, corroídas pela erosão do mar, parecem panquecas fininhas empilhadas (segundo eles, rs, pois é preciso usar um pouco da imaginação para ver panquecas ali, rs).

Continuamos na estrada sentido Nelson, cidade já no topo da Ilha Sul. Estrada cansativa, cheia de curvas e com muita chuva, talvez o pior trecho para se dirigir, pois não havia cidades no meio do caminho nem para dar uma descansadinha. Chegando lá o negócio foi comer e dormir, depois de tanta tensão.


Happy Birthday to me!















No dia seguinte, a cidade amanheceu ensolarada, perfeito para comemorar meu aniversário J. Depois de um café da manhã caprichado e uma volta pelo centro, fomos para uma praia um pouco afastada, Cable Bay. A idéia era fazer uma trilha, mas não estávamos no pique para 3 horas de caminhada, então fomos de carro mesmo. Que lugar maravilhoso! De um lado um lago formado por água de rio, do outro o mar, com suas águas clarinhas, hora azul, hora verde clara, lindo demais. O visual serviu como inspiração e caímos na estrada novamente sentido Blenheim, a cidade das plantações de uva onde moram tantos brasileiros.

Fomos recebidos por um casal de amigos que conhecemos na escola de inglês, Juliana e Victor. Muito bem recebidos, aliás, pois até torta e bolo de aniversário a Ju fez pra mim (obrigada, amiga!). Recebemos a visita do Giovanni, outro amigo que conhecemos em Hastings, nas plantações de abóbora, e havia feito aniversário um dia antes. Depois dos parabéns e muita conversa, descansamos.


Reta final















Faltava apenas um dia para devolvermos o carro alugado, então pegamos a estrada novamente sentido Christchurch, porém com uma parada prevista em Kaikoura, cidade conhecida pelas colônias de focas, além de baleias e golfinhos que passeiam por lá. Outro cenário perfeito, e com um dia mais perfeito ainda. Muito sol para destacar ainda mais as cores do mar, das montanhas verdinhas por onde pastam ovelhinhas e dos picos cheios de neve que completam o fundo da cena.

Ali fizemos uma caminhada por cima da península de Kaikoura, onde a vista é incrível. Fomos por cima de um morro e voltamos por baixo, bem perto das focas que tiravam seus cochilos pelas pedras. Foi ali que passei um baita medo, rs, pois com a subida da maré no final da tarde, não dava para voltarmos até o carro pelas pedras e tivemos que escalar um morro altíssimo de quase 90 graus de inclinação. Gosto de aventura, mas nem tanto, rs. Achei que ia despencar de lá de cima, mas tudo bem, no final deu tudo certo e seguimos viagem.

A última noite no carro foi uma delícia. Encontramos um lugar para acampar na beira de uma praia isolada, South Bay. O Shurato conseguiu realizar seu sonho de fazer uma fogueira, rs. Foi bem bacana. Ficamos sentados à beira do mar, aquecidos por nossa fogueirinha e iluminados por uma imensa lua cheia. Fechamos com chave de ouro nossas noites ao relento.

No dia seguinte, partimos para Christchurch, onde devolvemos o carro e pegamos um ônibus para subir de volta até Blenheim, onde ficamos mais algum tempo hospedados na casa de nossos amigos. Voltamos para Wellington de Ferry pelo estreito de Cook, que liga as ilhas sul e norte, viagem que dura cerca de 3 horas em um navio enorme. Agora, só nos resta acertar os últimos preparativos para o embarque para o Brasil, que sera dia 21.

Em breve, assim que passar a correria, vou selecionar as melhores fotos (de mais de mil que tirei, rs) e coloco o link aqui para vocês.

Beijos,
Cris

quinta-feira, 9 de julho de 2009

See you soon!

I feel sorry because of my blog! Desatualizado, sem novos textos, sem novas fotos... abandonado, tadinho. Mas não foi por mal. Não deixei de gostar da idéia de ter um blog e nem parei de pensar em temas que poderiam virar posts interessantes para meus leitores, simplesmente não tive condições de atualizá-lo com a frequência que eu gostaria. Estamos há quase três meses sem internet em casa, até uma semana atrás eu estava trabalhando demais, praticamente todo dia, alguns dias por 8 horas, outros menos, mas a correria e o cansaço estavam demais. Mas desde o último post algumas coisas mudaram, e eu não poderia deixar de passar por aqui para contar as novidades e reviravoltas que nossas vidas têm dado.

Estamos voltando ao Brasil. Sim, os planos mudaram um pouco. A idéia inicial era esperar o nosso novo work permit sair, procurar melhores trabalhos, onde pudéssemos fazer um pouco mais de dinheiro, e tentar nos estabilizar por aqui. Mas algumas circunstâncias nos fizeram repensar nossas prioridades. Depois de muito analisar, decidimos voltar. Voltar para nosso país, para nossas contas a pagar, mas principalmente, para nossa família.

O fato é que com a famosa crise econômica mundial, as coisas não estão muito fáceis por aqui para imigrantes. Para vocês terem idéia, nossos passaportes estão há mais de 2 meses na Imigração e nada de responderem algo sobre nosso visto de trabalho. Enfim, diante disso e de outros fatores que tornam a saudade da família e amigos ainda mais dura, digo ao povo que voltaremos!

Dentro de menos de 15 dias estaremos de volta em terras tupiniquins. O plano é deixar as portas abertas por aqui para quem sabe voltarmos em breve e começar uma vida mais sólida na Nova Zelândia. Mas a melhor parte é que por pelo menos um mês voltaremos a ser turistas :-)

Deixamos nossos trabalhos e embarcamos para uma viagem à Ilha Sul para conhecer tudo o que a NZ tem de mais interessante... montanhas, lagos, reservas nacionais, e tudo coberto de muita neve! Afinal, já que o inverno chegou, bora conhecer a neve e aproveitar o que o inverno tem de melhor por aqui, que são os cenários. Em breve, mais detalhes de nossa viagem e dos lugares incriveis que conhecemos.

E depois, próximo destino, Sampa!
Até mais...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Balanço dos últimos meses

Temos andados meio sumidos por aqui, isso porque estamos sem internet em casa por “problemas técnicos”. Bom, em maio comemoramos 7 meses de Nova Zelândia e como não damos notícia há um tempo, aqui vai um balanço dos últimos acontecimentos, principalmente entre abril e maio.

Coelhinhos da páscoa













Nossa primeira páscoa na Nova Zelândia veio em tempos de vacas magras. Nada de ovos de páscoa enormes, recheados de bombons deliciosos - primeiro que por aqui a coisa toda é bem mais sem graça. Apesar do feriado de páscoa ir da sexta-feira santa (ou Good Friday) até a segunda-feira de páscoa (sim, aqui não é no domingo, temos um dia a mais de feriado), por aqui os supermercados não ficam com os tetos forrados de ovos de chocolate com embalagens coloridas. Sim, existem ovos de páscoa, mas a maioria é bem mais discreta. Além disso, os mais populares são os pequenininhos, recheados de marshmellow ou coisa do tipo. Fora que os preços não são lá muito atrativos em tempos de crise.

Mas graças aos nossos familiares e amigos, não podemos dizer que não comemos chocolate nesta páscoa. Eu diria que foi época de matar saudades de preciosidades brasileiras como Sonho de Valsa, Ouro Branco, Prestígio, Talento e outros chocolates que não encontramos por aqui. Obrigada aos pais, tios e avó do Shurato que nos mandaram um pacotinho cheio de guloseimas pelo Toh, que foi passar férias no Brasil. E obrigada à Marlene, velha amiga da minha família que nos trouxe vários Sonhos de Valsa e paçoquinhas! Hummmmmmmm... semanas depois, percebe-se na nossa cara o resultado do presentinhos: espinhas, espinhas e mais espinhas. Mas o importante é ser feliz, rs.

O inverno chegou
Ok, oficialmente o inverno só chega em junho, mas por aqui por Wellington ele já deu as caras faz tempo. Muita chuva (daquelas que duram o dia todo), ventos congelantes e, dez vez em quando, um solzinho que não ajuda muito a esquentar. É, ir e voltar do trabalho a pé não tem sido tarefa muito fácil. Dormir então, aff, dá-lhe cobertas e aquecedor (que tem que ser usado com cautela porque a conta de energia vai lá em cima). Mas o pior ainda está por vir... por enquanto as temperaturas não têm sido menores que 12 durante o dia e 5 durante a noite, isso aqui na ilha Norte, porque lá no sul já chegou ao 0 e até nevou. O jeito é nos encapotar de roupa e ir à luta!

Dia das Mães













Foi difícil passar o nosso primeiro Dia das Mães longe de nossas famílias. Dona Keiko, “Dona” Sônia (rs), e mais, nossas avós queridas, Batchan(não sei como escreve, rs, mas é avó em japonês, rs) e Dona Alzira. Que saudades!! Esperamos que vocês tenham tido um dia maravilhoso com o restante da família, saibam que pensamos o tempo todo em vocês, não só neste dia, mas sempre. Muitas saudades, amamos vocês!

Diversão













Digamos que nossa rotina por aqui não tem sido das mais divertidas. Na maioria das vezes tem sido de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Dureza, a crise realmente se abateu sobre esta casa, rs. Mas de vez em quando ainda achamos “tempo” pra uma pizza com os amigos ou simplesmente pra um passeio gratuito, como o que fizemos outro dia. Voltamos à Taputeranga Reserve, desta vez com o Toh, para tentar ver as focas. E apesar do mau tempo e frio, elas estavam lá! Não sei ao certo dizer se eram focas, leões marinhos ou outra coisa do tipo, mas elas estavam lá e nós pudemos ver de pertinho e fotografar. Fedidinhos, preguiçosos, briguentos, mas bem bonitos de ver.

Nova temporada da novela do work permit
E lá vamos nós outra vez... Nossa alegria não durou muito tempo com o visto de trabalho que conseguimos em Hastings. Os 4 meses passaram voando e chegou a hora de corrermos atrás de um prazo maior para podermos ficar e trabalhar por aqui. Na verdade, como a imigração não facilita nem um pouco, faz mais de um mês que demos entrada no processo. Thanks God o Mauricio conseguiu o apoio da empresa onde ele trabalha, que nos ajudou com toda a papelada, comprovantes de oferta de trabalho etc. Como não tive a mesma sorte, fui na cola dele e apliquei como partner.

Bom, para um visto maior de 6 meses, é preciso uma série de burocracias, como estamos tentando o visto de 1 ano e meio, tivemos que fazer exames médicos (de sangue, urina, raio-x, visão e muito mais) e preencher uma tonelada de papéis. E claro que nada disso foi de graça, e lá se foram cerca de 600 dólares pra cada um de nós (que sequer tínhamos de onde tirar, só conseguimos com a ajuda do cartão de crédito internacional e nossa família). E como a imigração nunca facilita e gosta de jogar com um suspense básico, ainda estamos esperando pra ver se toda essa trabalheira não foi em vão...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cristina está passando por um novo trânsito astrológico

"Resolvendo questões práticas com inteligência. Entre os dias 17/04 e 27/06, o planeta Mercúrio estará transitando pela sexta casa do seu mapa de nascimento, Cristina. Este costuma ser um momento particularmente favorável para você organizar melhor os detalhes da sua vida cotidiana. Mercúrio estimula que você organize melhor sua vida, avaliando criticamente tudo aquilo que poderia estar melhor ou que demanda uma maior atenção. Este é um momento bem "pé no chão", em que a consciência é chamada a dar atenção às coisas práticas: sua saúde, sua alimentação, contas, a organização do lar e do trabalho, por exemplo. (...) Todavia, convém não exagerar nas preocupações com detalhes mínimos. Uma certa tendência à sobrecarga de atenção dada a coisas pequenas pode terminar baqueando seus nervos."

Ai ai, esses astros...

terça-feira, 14 de abril de 2009

The English Language

Não sei qual é a fonte, recebi de uma amiga brasileira que vive aqui na NZ (Cris) e achei interessante. Para quem está aprendendo (ou tentando aprender) inglês, vale a pena ler até o final.

You think English is easy?

Read to the end . . . a new twist

1) The bandage was wound around the wound.

2) The farm was used to produce produce .

3) The dump was so full that it had to refuse more refuse.

4) We must polish the Polish furniture.

5) He could lead if he would get the lead out.

6) The soldier decided to desert his dessert in the desert.

7) Since there is no time like the present, he thought it was time to present the present .

8) A bass was painted on the head of the bass drum.

9) When shot at, the dove dove into the bushes.

10) I did not object to the object.

11) The insurance was invalid for the invalid.

12) There was a row among the oarsmen about how to row

13) They were too close to the door to close it.

14) The buck does funny things when the does are present.

15) A seamstress and a sewer fell down into a sewer line.

16) To help with planting, the farmer taught his sow to sow.

17) The wind was too strong to wind the sail.

18) Upon seeing the tear in the painting I shed a tear.

19) I had to subject the subject to a series of tests.

20) How can I intimate this to my most intimate friend?

Let's face it - English is a crazy language. There is no egg in eggplant, nor ham in hamburger; neither apple nor pine in pineapple.

English muffins weren't invented in England or French fries in France . Sweetmeats are candies while sweetbreads, which aren't sweet, are meat.

We take English for granted. But if we explore its paradoxes, we find that quicksand can work slowly, boxing rings are square and a guinea pig is neither from Guinea nor is it a pig.

And why is it that writers write but fingers don't fing, grocers don't groce and hammers don't ham? If the plural of tooth is teeth, why isn't the plural of booth, beeth? One goose, 2 geese. So one moose, 2 meese? One index, 2 indices?

Doesn't it seem crazy that you can make amends but not one amend? If you have a bunch of odds and ends and get rid of all but one of them, what do you call it?

If teachers taught, why didn't preachers praught? If a vegetarian eats vegetables, what does a humanitarian eat?

In what language do people recite at a play and play at a recital? Ship by truck and send cargo by ship? Have noses that run and feet that smell?

How can a slim chance and a fat chance be the same, while a wise man and a wise guy are opposites? You have to marvel at the unique lunacy of a language in which your house can burn up as it burns down, in which you fill in a form by filling it out and in which, an alarm goes off by going on.

English was invented by people, not computers, and it reflects the creativity of the human race, which, of course, is not a race at all. That is why, when the stars are out, they are visible, but when the lights are out, they are invisible.

PS. - Why doesn't 'Buick' rhyme with 'quick' ?

You lovers of the English language might enjoy this .

There is a two-letter word that perhaps has more meanings than any other two-letter word, and that is 'UP..'

It's easy to understand UP, meaning toward the sky or at the top of the list, but when we awaken in the morning, why do we wake UP ? At a meeting, why does a topic come UP ? Why do we speak UP and why are the officers UP for election and why is it UP to the secretary to write UP a report ?

We call UP our friends. And we use it to brighten UP a room, polish UP the silver; we warm UP the leftovers and clean UP the kitchen. We lock UP the house and some guys fix UP the old car. At other times the little word has real special meaning. People stir UP trouble, line UP for tickets, work UP an appetite, and think UP excuses. To be dressed is one thing, but to be dressed UP is special.

And this UP is confusing: A drain must be opened UP because it is stopped UP. We open UP a store in the morning but we close it UP at night.

We seem to be pretty mixed UP about UP ! To be knowledgeable about the proper uses of UP, look the word UP in the dictionary. In a desk-sized dictionary, it takes UP almost 1/4th of the page and can add UP to about thirty definitions. If you are UP to it, you might try building UP a list of the many ways UP is used. It will take UP a lot of your time, but if you don't give UP, you may wind UP with a hundred or more. When it threatens to rain, we say it is clouding UP . When the sun comes out we say it is clearing UP...

When it rains, it wets the earth and often messes things UP.

When it doesn't rain for awhile, things dry UP.

One could go on and on, but I'll wrap it UP, for now my time is UP, so......it is time to shut UP!

Fácil, não?!

Violência nas estradas

O número de acidentes em rodovias durante feriados é uma preocupação comum entre Brasil e Nova Zelândia. Guardadas as devidas proporções, vejam as manchetes dos noticiarios dos dois países após o feriado de Páscoa (que aqui tem um dia a mais, a segunda).

BR
Estradas federais registram 85 mortos durante feriado de Páscoa

NZ
Motorcyclist's death takes Easter toll to six

sábado, 11 de abril de 2009

Meu primeiro post

Demorou, mas enfim, chegou o momento de me manisfestar neste tão famoso e visitado blog.
Esta nossa jornada tem sido repleta de muitas descobertas, especialmente sobre nós mesmos.
No meu caso, uma das mais importantes foi sobre uma anomalia que tenho em um dos meus dedos… tive que vir até a Nova Zelândia pra descobrir que tenho uma dobra a mais no dedo anelar (o vizinho do mindinho) da mão esquerda. Urrrgh…

sexta-feira, 10 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Rapidinhas sobre o cotidiano kiwi – parte II

1) Digamos que os kiwis não são exatamente excelentes motoristas. Por aqui é bem comum ver carros atravessando na frente de outros e fazendo barbeirgens o tempo todo, e o mais interessante é que eles não se estressam com isso. Se fosse em São Paulo rolava logo um buzinasso e uns xingos. Também não é raro ver carros estacionados a quase um metro da guia, ou com uma roda em cima dela, aliás, isso é bem frequente. Baliza correta é luxo por aqui, chega a ser engraçado. E quem pensa que por aqui não tem trânsito, está enganado. Nos horários de pico (entre 8 e 9 da manhã e 5 e 6 da tarde) as filas de carros ficam bem grandinhas nas principais avenidas, ainda mais próximo às típicas faixas de pedestres onde os carros devem parar quando alguém ameaça atravessar.

2) Quem pretende andar de carro pra lá e pra cá em Wellington, especialmente durante o horário comercial, prepare-se para pagar horrores para estacionar. As ruas são dominadas por parkimetros a 4 dólares por hora ou “coupon zones”, um tipo de zona azul. Existem também as áreas reservadas para residentes, já que a maioria das casas não tem garagem, nesse caso é preciso ter um adesivo indicando que você mora naquela região. Algumas áreas são livres para estacionar, mas com tempo máximo de permanência, que varia de 5 a 120 minutos (e a multa se você ficar por mais tempo pode ser salgadinha). É possível encontrar estacionamentos que cobram 10 dólares para o dia todo, mas se for pagar por hora, não fica por menos de 3,50 cada (eles cobram 50 cents menos que os parkímetros, bela jogada de marketing, não, rs).

3) E pra fechar o tema automóveis, definitivamente poucos kiwis vêem carro como sinal de status, como no Brasil. É claro que existem muitos carros zerados ou de cair o queixo pela rua, mas a grande maioria acaba optando pelos usados baratos e, pra grande maioria, a funilaria não conta muito. Carro arranhado, amassado, com a pintura zuada ou simplesmente com partes sem pintura são os mais vistos por aqui. Até porque não é nada barato fazer o chamado “body work”. A maioria, aliás, sequer lava o “poizé”. Teias de aranha dominam os retrovisores. Lava rápido, só aqueles de posto de gasolina, do tipo escovão automático, que por sinal são bem carinhos e não limpam nada direito. São raros os motoristas cuidadosos que passam a manhã de sábado lavando o carro.

4) O serviço público de transporte de Wellington é muito bom. Existem ônibus ou trens para todos os lados da cidade, todos eles com horários muito bem definidos, dificilmente atrasam. Porém, paga-se um preço um tanto quanto alto por isso. A cidade é dividida em zonas e a passagem é cobrada de acordo com a distância. Com isso, para ir de um bairro a outro, às vezes muito perto, acaba-se pagando no mínimo 3 dólares. Pra andar dentro de uma zona, o valor mínimo é $1,50, e pode chegar a $8 pra quem viaja por 7 zonas. Existem algumas possibilidades de economia, como o bilhete “day tripper”, que dá direito a pegar quantos ônibus quiser dentro de um dia (válido após as 9am), ou os cartões tipo “bilhete único”, que você carrega e ganha desconto de cerca de 25% no valor de cada passagem. Mais infos no site da Metlink.

5) O horário comercial aqui na NZ é das 9am às 5pm, portanto, a maioria das pessoas trabalha neste horário (o que já é uma jornada reduzida comparada à das 8am às 6pm do Brasil). Mas também é muito comum por aqui trabalhar em horários alternativos, especialmente no setor de hospitalidade e turismo. Com isso, é possível ver as praias ou os parques lotados de gente se exercitando ou relaxando em plenas 3 da tarde. Ah, também é bem conhecida por aqui a famosa “marmita”. Acho que a maioria das empresas não paga almoço, então não é raro ver a galera almoçando, com seu “tupperware” ao ar livre, nos parques ou perto da praia.

6) É possível encontrar banheiros públicos por toda a parte, seja no centro da cidade, perto das praias, ou nos parques. Claro que por serem públicos e ficarem abertos 24h, estão sujeitos ao vandalismo de alguns “joselitos”, mas a maioria que encontro por aqui é até que bem cuidadinho e, o melhor, as mulheres (ou pessoas em caso de emergência, rs) não precisam passar aperto porque sempre tem papel higiênico!

7) Tenho três observações sobre os comerciais de TV da NZ. A primeira delas é que a maioria das propagandas são muito bem elaboradas e produzidas, algumas devem ter um budget absurdo diante dos recursos utilizados. Por outro lado, imagino que não seja muito caro inserir um anúncio na TV, pois algumas propagandas são bem amadoras e precárias, tenho a impressão de que qualquer “2 dólar Shop” (as famosas lojinhas de R$1,99) ou o Zé do açougue podem anunciar. Mas o que mais me impressiona são as chocantes propagandas contra alcoolismo, bebida e direção e outros assuntos do tipo. Algumas chegam a ser de arrepiar, eles não são nenhum pouco polidos ao falar de morte ou tragédias em família, por exemplo. É um tanto radical, mas não deixam de ser bem instrutivas.

8) Uma das coisas que mais gosto em Wellington (e acho que é assim em toda a NZ) é o grande número de parques e reservas naturais espalhadas por toda parte. Nada como poder ter momentos relax no meio da natureza, ou até mesmo curtir o visual e o verde durante uma caminhada de meia hora para o trabalho.

9) Para quem gosta de passeios culturais, a NZ também é um prato cheio. Museus (entre eles o maior da NZ, Te Papa), exposições, trilhas históricas... aqui é possível apreciar tudo isso, e o melhor, FREE! A maioria das exposições é gratuita, alguns lugares possuem uma caixinha para doações espontâneas. Algumas vezes existem esposições específicas pagas, como a do Monet que está no Te Papa a $15 por cabeça, ou você pode ainda optar por uma visita guiada por alguns dólares, mas o resto do museu é aberto ao público gratuitamente. Ou seja, falta de dinheiro não é desculpa pra falta de cultura.

10) A Nova Zelãndia é um país de população relativamente jovem, porém existem muitos idosos por aqui também. O curioso é o número de “rest homes”, ou casas de repouso, destinadas a eles. Estão por toda parte, públicas ou privadas (a maioria). Só no Te Hopai Home em Hospital, onde trabalho, são cerca de 100 velhinhos residentes. Há também os serviços de caregiver doméstico, onde as pessoas vão até a casa dos idosos para ajudá-los com a arrumação, comida, banhos ou até mesmo fazer companhia em atividades recreativas. Existem muitas empresas por aqui especializadas nisso, uma delas é a Home Instead, onde o Shurato trabalha.

domingo, 5 de abril de 2009

Fim do horário de verão na NZ

Neste domingo, 5 de abril, chegou ao fim o "horário de verão", que é chamado de Daylight Savings aqui na Nova Zelândia. Os relógios foram atrasados em uma hora e, com isso, a diferença de fuso horário entre NZ e Brasil volta a ser de 15 horas.

Isso significa que o outono já chegou e o inverno está cada vez mais próximo... os dias de sol até as 9h da noite ficaram pra trás, agora já está escurecendo antes das 7h. Medo do que vamos ter que encarar daqui alguns meses!

Curiosidade - Aqui o daylight savings dura mais tempo, de setembro a abril, como diz a notícia no site da TVNZ.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Nova Zelândia e a crise econômica

Muita gente tem me perguntado sobre o impacto da crise econômica na Nova Zelândia. Gente que achou meu blog na internet ou amigos de amigos que querem vir para cá e não sabem bem o que vão encontrar. Pra falar a verdade, até cerca de um mês atrás eu não tinha ouvido muito sobre o assunto por aqui. Tinha visto algumas reportagens na TV, mas meu inglês ainda não é bom o suficiente pra entender todos os detalhes.

Acontece que de uns tempos pra cá o assunto ficou mais frequente e parece que o bicho começou a pegar por aqui, então fui atrás de algumas notícias na internet pra poder ficar por dentro e informar melhor meus curiosos leitores.

O fato é que a crise está feia no mundo inteiro e a Nova Zelândia não está de fora. Talvez o impacto por aqui não seja dos piores, mas o primeiro ministro kiwi, John Key, deu uma entrevista à TV esses dias falando que a previsão é de dois anos de recessão. O desemprego está chegando e, como não poderia ser diferente, os primeiros a dançarem acabam sendo os imigrantes. Nada mais natural que um protecionismo básico quando o assunto é crise.

Bom, como não sou nenhuma entendida em economia, não vou me arriscar a fazer nenhuma análise da conjuntura. Prefiro indicar alguns links da imprensa brasileira e neo-zelandesa sobre o tema (ok, só achei uma notícia em português, as outras são em inglês, mas pra quem pensa em vir para cá, e não tem inglês fluente, vale a pena ler com um dicionário ao lado).

Nova Zelândia sairá fortalecida da recessão, diz premiê (Gazeta Mercantil)


Beating the recession (uma página inteira dedicada à crise no NZHerald)

E boa sorte para nós! rs

terça-feira, 17 de março de 2009

Música made in NZ

Acho que já comentei por aqui que na NZ é possível ter acesso a ótimos shows sem pagar nada, em eventos gratuitos ao ar livre. Pois é, a cada dia estou mais certa de que por aqui não é qualquer um que sai tocando por aí nos eventos públicos, tem muita gente boa na parada.

Os estilos são variados, já vi rock alternativo, ou mais pop, reggae e outros sons que não sei rotular, mas todos de muita qualidade, tanto no instrumental como no vocal. Digamos que bem diferente do "popzinho emo" que não parava de tocar quando eu ainda estava no Brasil.

Se você é como eu, que não vive sem música e prefere um bom show ao vivo que outro tipo de balada, não pode perder a chance de conhecer algumas das bandas de que estou falando.

Over the Atlantic www.myspace.com/overtheatlanticband
Conheci no 350 NZ Climate Action Festival, em dezembro do ano passado. Eles tocam um tipo de pop-rock bem comum aqui na NZ, mas bem diferente do que costumamos ver pelo Brasil.

Olmecha Supreme www.myspace.com/olmechasupreme
Essa banda é bem popular entre os kiwis, tocaram no mesmo 350 Festival, no Cuba St Carnival, entre outros eventos por aqui. O estilo fica entre o hip hop e reggae, vale conferir.

My Golden Soul www.bebo.com/mygoldensoul
Essa também estava no 350 Festival e, segundo eles mesmos definem, tocam roots music, soul e funk. O que achei mais bacana foi a mistura de instrumentos elétricos, acústicos e de percussão com outros clássicos como violino. Eles também colocam um pouco da cultura Maori nas músicas.

Fur Patrol www.myspace.com/furpatrol
Essa é certamente uma das bandas que mais gostei entre todas as que vi por aqui. Eles tocaram em um dos eventos do Summer Festival aqui em Wellington, em fevereiro. Com um vocal feminino (que arrasa), eles tocam um tipo de rock / indie muito bacana, com baladinhas e outras músicas que levantam a galera.

Odessa www.odessamusic.net ou www.myspace.com/odessamusic
Essa foi a mais recente descoberta, feita no Newtown Festival, no começo desse mês. Um misto de rock, rockabilly, blues e alguns sons mais “modernos” digamos assim, também com um vocal bem bacana (um doidinho que tem uma performance de palco bem interessante, rs). Mas o que mais impressionou neles foi a qualidade dos músicos, guitarrista, baixista e batera, todos muito bons.

Essa é só uma amostra da música neo-zelandesa, que ainda estou conhecendo. Vale a pena conferir mais informações e algumas músicas no link de cada uma.

terça-feira, 3 de março de 2009

Aprendendo com os mais velhos

Dia 28 de fevereiro completamos 4 meses de Nova Zelândia e, como sempre, parei pra pensar um pouco na nossa vida aqui e fazer um balanço de tudo o que já passamos. Ainda não estamos estabilizados, nem ganhamos quase nada em dinheiro, nem viajamos tanto por aqui, mas certamente a bagagem que já temos conosco é algo incontestável.

Depois de lavar louça por alguns dias e trabalhar em fazendas por pouco mais de um mês, chegou a hora de encarar o dia-a-dia da faxina. Posso dizer que estou empregada, com direito a contrato assinado e tudo certinho. Comecei como cleaner (ou diarista, rs) temporária e acabaram gostando de mim e do meu trabalho. Sou contratada por uma empresa grande de limpeza comercial chamada Spotless (eles também trabalham com cozinha, manutenção, entre outros serviços) para, a princípio, ficar em um cliente específico, o Te Hopai Home and Hospital. É uma espécie de casa de repouso com hospital para idosos (inclusive com uma parte psiquiátrica) aqui em Wellington, que tem hoje cerca de 90 moradores.

O lugar é bem grande (e ainda estão ampliando), mas o trabalho não é nada de outro mundo. Tenho que, diariamente, passar aspirador em tudo (pois aqui é tudo carpete, exceto banheiros), tirar pó dos móveis e limpar os banheiros (o que também é feito bem diferente aqui, nada de “lavar” com um mundo de água), isso com a ajuda de mais duas funcionárias e uma supervisora, nos revezando entre os dias da semana. Tudo com equipamentos de proteção, produtos e treinamento específico. Segredo nenhum. O que cansa é andar pra lá e pra cá o dia todo, mas com isso aos poucos eu me acostumo (e é bom que mantenho a forma, rs).

O “X” da questão é que nunca me imaginei trabalhando em um “asilo”. Nada contra os velhinhos, pelo contrário, só não acho que eu tenho “o dom” e condições emocionais pra isso. Quando o Shurato começou a procurar trabalhos de caregiver aqui (é como chamam as pessoas que cuidam de idosos, seja para fazer companhia ou ajudar com tarefas domésticas e cuidados diários), vimos que é uma área bem carente de mão-de-obra, pois poucos se sujeitam a fazer o trabalho. Dos CVs enviados, a maioria teve uma resposta das empresas (tanto que hoje ele está empregado por duas, rs), ainda assim, eu não pensava na idéia de me candidatar.

Por fim, procurei empregos do tipo que não precisam de inglês fluente, como cleaner, e acabei indo parar em um lar para idosos. Estou lá há apenas duas semanas, mas posso dizer que a cada dia aprendo mais com esse trabalho. Teoricamente eu não estou lá para cuidar dos idosos, e sim para limpar o ambiente onde eles vivem, mas, mesmo com meu inglês ainda limitado, muitas vezes eles puxam assunto e consigo trocar algumas palavras. Na maioria das vezes, vem alguma frase que bate lá no fundo e me faz enxergar a vida com outros olhos.

No começo eu ficava meio mal em ver a condição de alguns deles, e ainda fico meio balançada com algumas situações. Mas, como o Shurato mesmo diz, estou tentando enxergar esse trabalho com outros olhos e me ver como alguém que está lá para ajudá-los, para tornar a vida deles mais fácil e, por que não, entretê-los e diverti-los às vezes.

No dia 26 de fevereiro, por exemplo, rolou uma “International Parade”, onde os funcionários (na maioria estrangeiros) usaram roupas típicas de seus países, desfilaram e fizeram um showzinho para os residentes, com direito a juri e premiação. Como eu não tinha nada típico do Brasil aqui, acabei usando trajes indianos junto com a equipe da limpeza, foi no mínimo engraçado. Tudo isso com direito a dança do ventre improvisada e um sambinha no pé (já que eles colocaram um CD de músicas brasileiras). Imaginem a cena...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Verão turbinado

Wellington é uma cidade turística que recebe visitantes durante praticamente o ano todo, mas é no verão que a cidade fica mais cheia. E não é pra menos, o governo, em parceria com outras instituições, organiza um calendário repleto de eventos desde a virada do ano até o final de março, quando o calor começa a se despedir.

São os mais variados tipos de eventos esportivos e culturais que reúnem milhares de pessoas, seja no estádio, nas ruas, em parques ou em bares e outros locais fechados. Só para citar alguns:

Waitangi Day – dia 6 de fevereiro, é um feriado nacional que celebra um tratado feito entre os Maoris e Britânicos em 1840. Para comemorar, foi realizado uma festa ao ar livre com a participação de diversos grupos típicos de música e dança Maori e outros povos de ilhas vizinhas do Pacífico, como Cook Island e Samoa.


NZI Sevens - é um dos eventos mais esperados de Rugby que, pelo que ouvi, acontece de 3 em 3 meses em diferentes lugares. Aqui foi nos dias 6 e 7 de fevereiro e a cidade enlouqueceu, rs. A galera sai fantasiada em grupos, vai para o estádio ver os jogos (que têm algumas regras diferentes do rugby tradicional, por exemplo, são 7 jogadores em cada time, dois tempos de 7 minutos, as jogadas valem 7 pontos, e por aí vai) e, depois, toma conta das ruas para beber muito e celebrar. O All Blacks, time da NZ, foi pra grande final, mas perdeu da Inglaterra no último minuto, por apenas um chute. Mesmo assim a festa rolou durante a madrugada toda, teve até show de rock grátis na rua. Esse é um evento que ainda quero assistir de perto, pois dessa vez só vimos de longe. Quem sabe no próximo ano a gente consegue ter os $150 que custam os jogos, rs.

Nas últimas semanas também foi comemorado o Ano Novo Chinês (nada mais justo, já que existem muuuuitos chineses aqui), e no próximo fim de semana vai acontecer a décima edição do Cuba St Carnival, aí é a vez da brasileirada dominar as ruas, hehe. Em março também irá acontecer o NZ Jazz Festival, que terá a participação do brasileiro Ed Motta.

Pra ter idéia dos outros eventos que ainda estão por vir, confira o calendário completo aqui: NZCT Summer City Festival Wellington.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PICK NZ - Trabalho legal na NZ


Para quem quer vir para a Nova Zelândia e pensa na possibilidade de trabalhar com agricultura, horticultura e vinicultura, aí vai uma dica que pode ajudar.

O PICK NZ é uma espécie de agência de empregos nessa área, que tem escritórios em todas as regiões da Nova Zelândia. É um trabalho sazonal, ou seja, em cada época do ano, uma região oferece mais vagas de trabalho. Por exemplo, Hawkes Bay (região super produtora de maçãs e outros vegetais) oferece cerca de 12500 vagas de trabalho entre fevereiro e abril, que é a alta temporada por lá. Já na ilha sul, onde estão concentradas a maioria das vinícolas, o trabalho aumenta entre maio e agosto, no inverno. E por aí vai.

Essa empresa ajuda estudandes internacionais e viajantes em geral a arrumar emprego legal em grandes fazendas ou companhias que cultivam maçãs, uvas e outras frutas como pêssego ou berries, além de outros vegetais como abóbora, cebola etc. Além de indicar vagas de trabalho, eles ajudam com acomodação e também fazem um meio de campo com a imigração, pra que ninguém precise trabalhar ilegalmente, sem visto.

É uma boa saída pra quem quer vir com algum trabalho encaminhado, sem precisar passar muitos perrengues por aqui. Infelizmente nós só ficamos sabendo dessa empresa depois de passar por alguns sufocos, mas tudo bem.

Para informações sobre o trabalho, documentação e outras coisas, visite o site do PICK NZ.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Immigration NZ – A novela do Work Permit

Dia 28 de janeiro completamos 3 meses aqui na Nova Zelândia. Depois de quase 2 meses entre idas e vindas com a Imigração, a boa notícia é que saiu nosso primeiro Work Permit. Mas foram tantos enroscos que vale a pena falar um pouco sobre o assunto, seja pra alertar quem está vindo pra cá ou simplesmente pra desabafar depois de tanta aflição.

Tudo começou no Brasil, antes mesmo de virmos para cá. Uma das primeiras coisas que fizemos quando decidimos viajar foi visitar o site da Embaixada neo-zelandesa no Brasil e no site da Imigração daqui, para ver quais as possibilidades de vistos possíveis para nós. Os amigos que vieram pra cá já haviam falado da possibilidade de renovar o visto de turista por até 2 vezes (ou seja, 9 meses de duração), ou conseguir um visto de trabalho sazonal para as fazendas, enfim. Baixamos formulários, lemos muito e viemos.

O primeiro contato com a Imigração foi melhor impossível. Havíamos preparado um dossiê repleto de documentos comprovando endereço e condição financeira no Brasil, reserva de curso de inglês aqui, comprovante de acomodação... enfim, tudo para não sermos mandados de volta ao Brasil logo de cara. E não é que nada disso teve utilidade! O senhor neo-zelandes perguntou apenas o que viemos fazer aqui (resposta: English course) e quanto tempo pretendíamos ficar (8 weeks!), pronto, passaportes carimbados e sejam bem-vindos à New Zealand! Foi lindo. Pena que a decepção viria pouco mais de um mês depois...

À procura de emprego, entramos mais algumas vezes no site da Imigração e ficamos sabendo sobre um possibilidade de work permit para a qual não seria necessária uma oferta de trabalho (o mais difícil até então). É o tal do “Variation of condition” (também conhecido como VOC). Ele transforma seu visto de visitante em visto de estudo ou trabalho por no máximo 6 semanas. Ou seja, você não ganha mais tempo no país, mas durante o tempo em que duraria seu visto de visitante você também poderia trabalhar. Perfeito!! Seria o ideal para conseguirmos entrar em algum emprego para então dar entrada no work permit comum, com a tal oferta de trabalho já em mãos.

Não perdemos tempo e fomos até o escritório da Imigração em Wellington, que achamos que seria um dos melhores e mais ágeis por ser a capital, mas nos enganamos. Logo na primeira visita fomos recepcionado por uma funcionária um tanto quanto áspera e nem um pouco cortez, que nos mandou preencher um formulário e colocar junto com os passaportes e mais $120 (para cada um) num envelope e numa caixa que mais parecia um lixo. Sem ter nenhuma informação a mais e nos sentindo totalmente inseguros, resolvemos conversar com alguns amigos por aqui e voltar outro dia.

Na segunda visita, mais novidades. Outra funcionária, dessa vez nem tão grossa, mas também não muito disposta a ajudar, disse que precisaríamos de uma oferta de trabalho, mesmo para este tipo de visto (o que contraria totalmente o que estava escrito no site). Neste caso, fizemos algumas ligações, conseguimos o nome de uma empresa que nos contrataria caso fossemos para Blenheim (trabalhar em vinícolas), preenchemos o tal formulário e jogamos tudo na tal caixa, com muito aperto no coração. O prazo para o retorno era de uma a três semanas, então o jeito era esperar.

Em cerca e 10 dias recebemos um “sedex” da Imigração logo cedo, quando estávamos indo para o curso. Mais que depressa fomos abrindo o envelope e, para nossa desilusão, o visto não havia sido aceito. Porém, a justificativa foi que o problema era com a tal empresa (que não tinha um tal registro), e não conosco. Desta forma, com um recibo de pagamento, poderíamos aplicar novamente com outro empregador. Foi o que fizemos... com uma carta de oferta de emprego em mãos, voltamos à imigração mais que depressa. Já havia passado um tempo e a imigração fecharia para Holiday em alguns dias (pro Natal e Reveillon). Pelas nossas contas, estávamos aos 45 minutos do segundo tempo para conseguir as tais 6 semanas de trabalho, sem exceder nosso Visitor Permit.

Com esperança de que alguma boa alma poderia resolver nossa situação no ato, sem precisarmos jogar tudo na tal caixa, fomos conversar com um homem aparentemente simpático. Alguns amigos conseguiram resolver a renovação de visto conversando, não custava tentar. Porém, a simpatia não era maior que a ansiedade pelo holiay e o atendende disse que faria o possível, mas tivemos que ir embora sem uma resposta. Desta vez, não ficaram com nossos passaportes, por causa das férias, e mandaram uma mensagem no celular falando que responderiam em 30 dias. 30 dias?! Como assim??? Em 30 dias estaríamos a apenas uma semana para expirar nosso visto de visitante.

Mas ok, tentamos manter a calma e aguardar. Nesse meio tempo surgiu a oportunidade de ganhar um dinheiro nas férias em Hastings, cidadezinha localizada em Hawkes Bay, uma das regiões mais produtivas em termos de horticultura na Nova Zelândia. Então fomos pra ver no que dava, afinal, a Imigração não responderia antes do dia 5 de janeiro, quando voltariam das férias coletivas.

O tempo foi passando, nada da Imigração responder, a paciência diminuindo... Ligamos na central e, pra variar, uma informação mais desconcertada que a outra. Eis que acabaram os 30 dias. Ligamos de novo e nada. Segundo eles, nosso processo ainda estava em andamento. Enquanto isso, em Hastings, todas as pessoas que deram entrada no work permit tiveram uma resposta, positiva, em no máximo 5 dias (detalhe, sem precisar da tal oferta de trabalho). Para tentar correr contra o tempo, fomos atrás de ajuda por aqui.

Em Hastings não há escritório da Imigração, o mais próximo fica em Palmerston North (umas 2h daqui). Mas existem escritórios com consultores que fazem meio campo com quem precisa tirar o visto por aqui. Um deles é o PICKNZ, uma espécie de agência de empregos em horticultura (falarei mais deles em outro texto, vale a pena). Enfim, depois de ouvir toda a nossa novela, a simpática atendente achou tudo muito estranho por vários motivos. Segundo ela, 1- a imigração não deixa processos em andamento sem reter o passaporte dos imigrantes; 2- o tal do VOC não estava mais disponível nesta época (parece que é meio limitado); 3- dificilmente demoram tanto para dar uma resposta e, se fosse o caso de negarem, teriam que responder devolvendo o dinheiro pago.

Estranhos nós já havíamos achado, mas precisávamos de informações certeiras sobre o que fazer. Como uma neo-zelandesa consegue entender muito mellhor o que outra neo-zelandesa diz, essa funcionária do PICKNZ ligou pra Imigração de Wellington e se informou sobre a situação. Resumindo, ela nos aconselhou a aplicar outro visto por aqui, já que estávamos com nossos passaportes em mãos.

Uma das possibilidades seria aplicar o Work Holiday Visa, que tem duração de um ano e é ótimo para estudantes. Vários países da América Latina já tinham essa possibilidade antes, mas para o Brasil começou em dezembro agora, com apenas 300 vagas para todos od brasileiros. Mas além dessa concorrência pelo número de vagas, o Shu não poderia aplicá-lo porque tem mais de 30 anos (meu véio, hehe). Então aplpicamos para o Seasonal Work Permit (chamado de TRSE). Ele dá direito a 4 meses de trabalho em empresas que contratam trabalhadores temporários, a maioria em horticultura, vinicultura, essas coisas. Como já havíamos pago $120 cada, só precisaríamos completar com mais $80 cada, já que esse custa $200 (fora a comissão do escritório, porque nada é de graça nessa vida). Até aí tudo bem, saindo o visto já estaríamos no lucro.

Porém, como as surpresas sempre aparecem quando a gente menos espera (senão não seriam surpresas, rs), no dia seguinte em que fizemos a nova aplicação recebemos um recado da nossa amiga de Wellington dizendo que havia chego uma carta da Imigração pra gente. Quando ela falou deu até um friozinho na barriga, afinal, já nem estávamos contando com uma resposta deles depois que começamos a tocar o processo por aqui. A “boa notícia” é que aceitaram nosso VOC, ou seja, nos deram uma semana de work permit, dá pra acreditar? O que dá pra fazer em uma semana? Enfim, ficamos um pouco mais desapontados com o serviço de imigração, que parece ter feito isso só para engolir nosso dinheiro. Com isso, tivemos que pagar o valor integral do outro visto que tínhamos aplicado.

É triste ver que, mesmo em um país “de primeiro mundo”, onde teoricamente as coisas funcionam melhor que no Brasil, justamente o serviço de imigração chega a lembrar o funcionalismo público brasileiro. Onde nem tudo o que está escrito é regra e tudo depende de quem te atendeu e se esta pessoa está num bom dia ou vai com a sua cara.

Mas tudo bem, passou... pelo menos pelos próximos 4 meses estamos tranquilos quanto a isso. Agora a correria é outra, por um bom emprego que nos dê a chance de renovar o visto por mais tempo, quem sabe um ano ou mais. Mas isso é mais pra frente, por enquanto vamos levando com o que aparece, seja aqui em Hastings (onde as coisas já estão melhorando e já começamos a trabalhar legalmente com tudo certinho no contrato) ou mesmo em Wellington, pra onde queremos voltar assim que possível.

Yes! We have work permit!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Diz que fui por aí...

Ontem à noite, por falta de algo interessante para assistir nos 4 ou 5 canais da TV Neo zelandesa, o Shu teve a idéia de entrar no site do CQC para assistirmos alguns vídeos do programa. Era um dos nossos preferidos (senão o único interessante na TV aberta) quando saímos do Brasil, mas já faz quase 3 meses que não víamos nada do nosso país (nem o final da novela das 8 eu vi, rs).

Então, entre diversos vídeos de Melhores Momentos de 2008, Top Fives com Palmirinha e Maísa (Hahahaha, adoro!!), encontramos o CQTeste com a Fernanda Takai. Teste à parte, o Rafael Cortez comentou sobre o CD solo que ela gravou cantando músicas da Nara Leão e, em especial, uma música que eu gosto muito. E não é que a letra cai bem para o momento!

Diz Que Fui Por Aí
por Fernanda Takai

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
Se houver motivo
É mais um samba que eu faço
Se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Tenho um violão para me acompanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói, o meu peito me rói
Eu estou na cidade, eu estou na favela
Eu estou por aí
Sempre pensando nela

Muitas saudades...

Beijos
Cris

sábado, 10 de janeiro de 2009

Amarga ilusão

Desde que chegamos à Nova Zelândia, há quase 2 meses e meio, tenho conhecido pessoas das mais variadas partes do Brasil – São Paulo (capital e interior), Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso (do sul e “do norte”), e por aí vai. Entre elas, também encontrei gente com os mais variados objetivos e intensões ao vir para cá. Tem os que vieram para aprender inglês, para se aventurar e viajar, para ter uma experiência internacional, para fugir de alguma situação no Brasil, enfim, tem de tudo. Inclusive gente que adora a NZ e gente que odeia.

De uns tempos pra cá, especialmente depois que começamos a trabalhar na roça, tenho conhecido muita gente que veio pra cá com uma ilusão enganosa de ganhar dinheiro fácil e voltar pro Brasil bem de vida. Gente que largou mulher e filhos, vendeu tudo o que tinha e investiu nessa viagem, crente que em poucos meses recuperaria todo o dinheiro, e mais, voltaria pro Brasil com o bolso cheio. E são esses os que mais se decepcionaram com o que encontraram aqui.

Foi-se o tempo em que sair do Brasil pra fazer dinheiro era fácil. Estados Unidos, Japão, Europa... acredito que todos os lugares já estão infestados demais de imigrantes, o que torna as coisas mais difíceis do que 5 ou 10 anos atrás. E se viver nesses países que exportam mão-de-obra para o serviço pesado já não é fácil, na Nova Zelândia, um país que tem ao todo pouco mais de 4 milhões de habitantes, também não poderia ser.

A Nova Zelândia não é um país para se ficar rico. Já sabíamos disso quando saímos do Brasil, mas muita gente pensa o contrário quando vem pra cá. Não é impossível fazer bastante dinheiro aqui, mas é preciso estar disposto a ralar, e muito. Colocando em números, quando se trabalha por hora aqui, o mínimo que se ganha, já com os descontos e impostos, é $10 por hora. Em horticultura, dá pra fazer tranquilamente 10 ou 12 horas por dia, tem quem faça mais. Com isso, tira-se no mínimo $100 por dia. Quem ganha isso no Brasil? Fora isso, em época de colheita, quando se ganha por produção, é possível fazer $20 ou $25 por hora trabalhada, ou seja, mais que o dobro. Considerando que aqui é uma cidade onde gasta-se pouco para sobreviver, já que a maior parte do tempo as pessoas passam trabalhando, dá pra juntar um bom dinheiro. Só tem um pequeno detalhe, o trabalho não é moleza...

Na última semana começou a colheita da abóbora aqui em Hastings. Dizem que é uma das coisas que mais dá dinheiro por aqui, em compensação, os meninos que foram pela primeira vez falaram que é pior que o inferno. Voltaram quebrados, alguns disseram que não vão nunca mais. Aí eu fico pensando, até que ponto isso compensa? De que adianta ganhar $250 por dia se no dia seguinte você vai estar quebrado, vivendo à base de remédio para dor? Na boa, não quero isso pra mim. Ainda por cima, se o trabalho não for bem feito ou se o “boss” achar que não valeu o combinado, corre-se o risco de demorar semanas para receber, ou nem receber.

É por isso que muita gente se desilude rapidinho, mas acaba ficando por aqui pra tentar pelo menos cobrir os custos da viagem, que não é das mais baratas. O que eu não acho certo é que essas pessoas desiludidas saem falando que a Nova Zelândia é um inferno, que odeia este lugar... Sinceramente, o problema não é com o país, mas sim com essas pessoas e com a ilusão deturpada que as trouxe para cá. Acho errado colocarem num país, que oferece tanta oportunidade, a culpa de terem se precipitado e quebrado a cara.

A Nova Zelândia é um lugar para se viver bem. Para quem quer trabalhar “humanamente”, é possível ganhar dinheiro o suficiente para viver bem e aproveitar a qualidade de vida que o país oferece. Quer ficar rico? Não venha pra cá. Procure um lugar ainda pouco explorado por imigrantes. Agora, se quer viver bem? Então pode vir sem medo de ser feliz. Nossa idéia, desde o começo, não foi ganhar rios de dinheiro. Queríamos aprender inglês, ter uma experiência internacional, conhecer uma nova cultura e ter qualidade de vida. Aos poucos vamos conquistando cada um dos objetivos, e tenho certeza que a “Aotearoa” ainda tem muito a nos oferecer.

Kia ora!!*

*Cumprimento Maori que pode ser tanto Olá quanto um agradecimento.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Top 10 - Resoluções de Ano Novo


  1. Ganhar fluência no inglês (e entender o Kiwi English)

  2. Conseguir um bom emprego (porque lavar louça e trabalhar na roça é coisa de doido)

  3. Conseguir um Work Permit de pelo menos um ano de duração

  4. Comprar um carro pra gente (quem sabe nosso trailer também!)

  5. Alugar uma casinha ou flat só para nós dois (sem ter que dividir cozinha ou banheiro com ninguém)

  6. Quitar todas as dívidas que ainda nos restam no Brasil

  7. Conseguir juntar algum dinheiro para poder viajar e passear bastante por aqui

  8. Conhecer pelo menos 5 novas regiões da Nova Zelândia (ainda em 2009)

  9. Perder mais alguns quilos e voltar para os meus 50kg (isso só vale pra mim, Cris, claro, rs)

  10. Passar a próxima virada de ano com muita festa em algum lugar paradisíaco da NZ