quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um mês na Nova Zelândia – Balanço Geral

Dia 28 de novembro completamos um mês aqui em NZ, nada mais justo que fazer um balanço do que aconteceu até agora: quais lugares conhecemos, que tipo de comida comemos, o que aprendemos... let’s go!

Por onde passamos

O fato é que aqui a gente faz tudo a pé, ou seja, anda mais que notícia ruim. O Shurato já pegu um ônibus, eu ainda não. Podemos dizer que já passamos por quase todos os lugares aos quais dá pra se chegar a pé (sem caminhar por mais de 2 horas, rs) e conhecemos grande parte dos pontos turísticos e parques de Wellington, alguns só de vista (não chegamos a entrar), mas demos uma olhadinha.

Bairros:
Mount Victória
Mount Cook
Te Aro
Lambton
Kelburn
Oriental Bay
Lyall Bay (fomos uma vez só, com o Tó)
Island Bay (o Shurato foi sozinho, em uma caminhada de cerca de 5 horas)

Parques e pontos turísticos:
Waterfront
Frank Kitts Park
Central Park
Botanic Garden
Kelburn Park (de passagem)
Praia da Oriental Bay
Civic Centre
Cable Car (fomos inclusive ao museu, mas não andamos nele)
Te Papa Museum
Prédio do Parlamento (só do lado de fora)
Railway Station (estação central de trem)
Westpac Stadium (Estádio de futebol, vimos só do lado de fora)
Loockout Mt Victória (um mirante em cima do monte)
Container Terminal (o porto, ao qual chegamos acidentalmente quando nos perdemos)
Aeroporto de Auckland e Wellington (claro, rs)

O que comemos e bebemos

Em casa ou na rua, já experimentamos algumas coisas diferentes, mas quase sempre vamos no básico. O Shurato come de tudo, mas eu sou mais chata pra comer, então fica difícil experimentar as “estranhices” da culinária kiwi.

Comida – em casa:
Noodles (aquele miojão que vem num potinho e é só colocar água quente, esperar 3 minutos e comer)
Arroz semi-pronto (2 minutos no microondas e pronto!)
Macarrão (dos semi-prontos e o tradicional, feito por nós, com molho de tomate – pronto, rs)
Frango assado (vende pronto no mercado, como aqueles de padaria do Brasil, comemos muitas vezes)
Feijão enlatado (o primeiro era do tipo branco, com molho de tomate, doce, mas agora encontramos um mais marronzinho e sem tempero, que a gente joga na panela e tempera do nosso jeito)
Salada (no mercado vende uns potinhos com uma salada pronta, alface, pepino, rabanete, cenoura e, às vezes, um molhinho)
Frutas – banana, maçã, nectarina, pêssego, uva (daquelas docinhas sem caroço) e uma salada de frutas pronta que vende no mercado (com abacaxi, melão de vários tipos, melancia e laranja) - maioria é bem cara, até o kiwi, nem chegamos a comprar.
Batata
Ovo (é caro também!)
Pão (muitos, daqueles molinhos, tipo de hamburguer, que não ficam duros no dia seguinte)
Frango (peito resfriado, muito caro! Cerca de 18 dólares o quilo)
Churrasco (com direito a carne boa, picanha junto com outras carnes, linguiça, asa de frango, coração e pão de alho)
Salgadinhos (batatas tipo rufles de diversos sabores, inclusive uma com vinagre, horrível, que está aqui há umas 3 semanas e não acaba rs, e um genérico do orkut)
Barrinhas de cereal (tem boas e ruins, como no Brasil)
Bolachas com cobertura de chocolate e do tipo cookies (da Budget, que é a marca mais barata daqui, porém gostosa)
Entre outras guloseimas...

Comida – na rua:
Mc Donald’s
Burguer King (os dois mais baratos)
Burguer Fuel (caro, porém enorme e muito bom)
Mr Bun – All Day Breakfast (uma loja que tem o “café da manhã” deles durante o dia todo, almoçamos lá, dois baita hamburgueres com batata frita)
Pizza Hell
A-Roy – Fast Food Tailandês (achamos um bem gostoso, fomos umas três vezes já)
Bristol Hotel (um bar que serve almoço, alguns pratos custam $10, como um steak com fritas e salada – um bifão bem bom, rs – ou um espetinho de frango com molho e arroz e salada)
KFC (no Brasil não foi pra frente, mas tem várias aqui, então fomos experimentar. Odiamos. O frango é gorduroso demais, a casquinha não é crocante como aparece na propaganda, os molhos e acompanhamentos são esquisitos, argh. Never more)
Starbucks (além do café, a gente come umas safadezas lá às vezes, como o bolo de chocolate e o muffin gigante, que são uma delícia)
Bebidas:
Coca-cola Zero (muita)
Sprite (às vezes pra variar, pena que não tem guaraná, rs)
Sucos – os de laranja que vende no mercado tem todos o mesmo gosto, de casca de laranja
Cafés, Capuccinos, Mochaccinos, Chocolates Quentes e afins (já experimentamos em vários lugares diferentes, mas os da Starbucks ainda são os mais gostosos e caprichados – mas ainda tem milhares de cafés aqui em Wellington, conhecemos poucos).
Charlie’s Juice (é um suco de garrafinha, tem de vários sabores, alguns meio estranhos, tomei a limonada e gostei, é levemente gaseificada, mas é diferente das H2Os da vida)
Suco de Aloe Vera (vende no supermercado chinês aqui perto, experimentamos pela primeira vez no Brasil, na feira de flores em Arujá. Dizem que é o suco da juventude, então vamos que vamos, rs)
Leite (compramos umas duas garrafas, uma pra fazer o tal do macarrão pronto, que falava pra colocar leite pro molho ficar cremoso, e outra pra eu tomar. É meio estranho, mas com o tempo a gente acostuma)
Cerveja (experimentei umas duas marcas daqui, Export Gold e outra que não lembro o nome, rs. Também tomei a Sol mexicana, tem outras conhecidas aqui, como Heineken e Miller, mas vou sempre na mesmas – mais barata)
Chá (achamos um no mercado que é parecido com o chá preto que tomávamos no Brasil, a caixinha vem com 50 saquinhos, acho, então vai durar bastante – a única diferença é que os saquinhos não têm aquela cordinha, então temos que tirar da água com uma colher)
Água (desistimos de comprar mineral, vai da torneira mesmo, rs)
Lojas que frequentamos
New World (supermercado)
The Warehouse (tem de tudo pra casa e pras pessoas da casa, e o melhor, é barata)
Dick Smith (entre as lojas de eletrônicos, é uma das mais baratas)
Cash Converteres (compram e revendem artigos usados, tem de tudo também)
Whitcoulls (rede grande de livraria e papelaria, tem umas coisas legais)
Briscoes (é parecida com a Warehouse, mas só tem coisas pra casa, foi onde encontramos fronhas de travesseiro por 99 centavos, rs)
Lojas de 2 dólares (tem duas aqui perto, tem de tudo por $2)
Salvation Army Family Store (loja onde eles vendem coisas doadas para Exército da Salvação – tem de tudo, de roupas a móveis, comprei uma boina e um chapéuzinho lá e estou de olho nos casacos, alguns custam menos de $10)

Coisas que aconteceram desde que chegamos...

Guy Fawkes Day e “Ride of your life”

Guy Fawkes foi um soldado inglês católico que teve participação na "Conspiração da Pólvora" na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605, objetivando o início de um levante católico. Guy Fawkes era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados para explodir o parlamento inglês durante a sessão. Guy Fawkes foi torturado e enforcado por traição e tentativa de assassinato.

Hoje em dia, os neo-zelandeses comemoram a morte dele, rs. Parece bizarro, mas todo dia 5 de novembro (que é o dia da sua morte) tem uma queima de fogos aqui em memória deste acontecimento.

A comemoração deste ano foi acompanhada por um grande evento chamado "Ride of your life", onde teve shows e diversas outras atrações em locais públicos e um dos objetivos era arrecadar dinheiro para a "Free Ambulance", que é o serviço de ambulâncias grátis para os cidadãos.
Assistimos a queima de fogos do alto do Monte Victória, onde tem um mirante (perto da casa do Tó). Foram 15 minutos de show, até gravei alguns trechinhos para vocês, mas os vídeos ficaram muito pesados e não consegui postar. Mas tudo bem, ao vivo é muito melhor.

Copa do Mundo de Futebol Feminino Sub 17

Quando chegamos à NZ, vi umas faixas da FIFA nos aeroportos de Auckland e Wellington, dizendo que a copa do mundo de futebol feminino sub 17 este ano seria aqui. Não acompanhamos de perto, mas parece que os jogos aconteceram em várias cidades, inclusive aqui em Wellington. A seleção brasileira chegou a jogar aqui, contra a Inglaterra, mas, se não me engano, perdeu de 2x0. Pelo que ouvi, depois elas também perderam pra Coréia e acabaram sendo eliminadas logo nas primeiras fases. Vergonha, hehe. No fim, nem sei quem ganhou, até queria ter ido assistir algum jogo no estádio, mas quando eu via, a data já tinha passado.

Eleições

Dia 8 de novembro aconteceram as eleições aqui na Nova Zelândia. Bom, é difícil explicar coo funciona a política aqui, porque nem eu entendo ainda. O que sei é que o país é governado por um Primeiro Ministro, e não por um Presidente, como no Brasil. “Oficialmente”, quem manda é a Rainha, mas na prática quem administra a encrenca é o primeiro ministro.

A Helen Clark foi a primeira ministra nos últimos 9 anos, pelo partido Labour (o vermelho, rs), mas nessas eleições ela perdeu para a “oposição”. O “prime minister” eleito foi o John Key, do partido National (o azul, rs). Dizem que com esse cara no poder as coisas vão ficar melhores pros imigrantes, não sei, não ouvi nada oficial, mas espero que seja verdade...

Além dessa diferença, aqui o voto não é obrigatório. Diferentemente do Brasil, existem campanhas publicitárias na TV incentivando o voto, mas ninguém é obrigado a votar. Tem também um esquema de enviar seu voto pelo correio ou votar por um 0800, tudo pra facilitar o trabalho dos eleitores e fazer com quem mais gente vote. Quem comparece às urnas no dia da eleição ganha um adesivinho que diz “eu votei”, meio que pra servir de exemplo pros outros.

Enfim...

Em um mês, tiramos mais de 500 fotos, quase todas estão disponíveis online para vocês verem (só não foram pros álbuns as que ficaram muito ruins, rs).

Por enquanto, vai tudo muito bem. Esta semana demos entrada no nosso IRD (uma espécie de CPF, que exigem para se trabalhar aqui) e estamos tentando mudar nosso visto de Visitante pra Permissão de Trabalho, demos entrada também, agora é só esperar a resposta da imigração, que deve sair em umas duas semanas. Depois disso, chega de vida de turista, bora trabalhar pra ganhar dinheiro (e poder gastar com a consciência tranquila, rs).
Torçam por nós!!
E que venha o próximo mês, e que ele traga muitas boas novidades para nós (como emprego, visto de trabalho, viagens e muito mais)!
Beijos,
Cris e Shurato

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tentando levar uma vida saudável...

Pra ser bem sincera comida não tem sido nosso forte por aqui. A gente até tenta ter uma alimentação saudável, comprar frutas, diminuir o refrigerante, não comer fritura... mas, no fim, a gente sempre acaba num Burguer King da vida comendo um duplo cheeseburguer com batata frita ou na Starbucks tomando um double chocolate mocha frapuccino e um mega pedaço de bolo de chocolate. Mas a Coca-Cola é Zero! Rs

É difícil... a gente anda muito por aqui, queima os neurônios tentando aprender inglês, gasta muita energia e precisa reabastecer, não tem jeito.

Mas estamos tentando maneirar! Não engordei desde que cheguei, acho até que emagreci um pouco (ou mantive o que emagreci no último mês no Brasil), mas quero emagrecer mais... então, mãos à obra!
O primeiro passo é controlar a boca, especialmente nos dias de semana. Vamos tentar deixar os refrigerantes, cervejas e “safadezas” para o fim de semana, assim a consciência (e o panceps) não pesa tanto.

Pra ajudar a melhorar nosso condicionamento e a forma física, começamos um treinamento intensivo, rs. Além do que a gente já anda pra ir pra escola, pro mercado ou pra todos os outros lugares por aqui, começamos hoje um treino de cerca de 1h30 a 2h, que será repetido todas as tardes (assim espero).

Aproveitando que tem um calçadão enorme beirando o mar da Oriental Bay, com uma linda vista, fizemos alongamento, caminhada por quase todo o calçadão (aproximadamente 1h andando rápido), tentamos até uma corridinha, mas não passei de 2 minutos trotando na ida e 2 na volta, meu fôlego ainda não aguenta. Pra finalizar, abdominais e flexões (essas são mais pro Shurato, ainda não aguento muito) e mais alongamento.

Se conseguirmos manter o ritmo e controlar a boca, vai nos fazer bem. À noite já estamos tentando evitar comida pesada. Pra balancear os nutrientes e não deixar faltar nenhuma vitamina, começamos a tomar comprimidos de Centrum, diariamente.

Pelo menos enquanto temos as tardes livre, até começarmos a trabalhar, espero que a gente consiga manter essa rotina. Estou exausta, dolorida, mas sinto-me bem. Vamos ver no que dá.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Fotos novas...

Oi pessoal!

Mais fotenhos no álbum do picasa!
O link está no menu do lado direito, lá embaixo, mas quem preferir, pode acessar clicando aqui.

Beijos!
Cris e Shurato

Diversidade religiosa

Por onde a gente anda aqui em Wellington, é possível ver uma igreja em cada esquina. As denominações são as mais variadas possíveis, desde as protestantes bem comuns no Brasil, como Presbiteriana, Metodista, Adventista, até outras religiões bem antigas e tradicionais como a Anglicana ou Grega Ortodoxa. Tem também as católicas, com nomes de santos (St. Peter, St. Marie of Angels etc.), tem também a dos Mormons, comunidades Judaicas e templos Muçulmanos.

Nas ruas, é bem comum ver mulheres com a cabeça coberta ou até mesmo com alguns tipos de burcas, seguindo a tradição muçulmana. Como há muitos orientais aqui (chineses, coreanos, japoneses, indonésios, tailandeses, indianos e outros dessas redondezas) é provável que haja templos de religiões típicas destes lugares, talvez budismo, entre outras.

No domingo de manhã, lá pelas 9h, liguei a TV e em várias emissoras estavam passando programas religiosos, parecidos com os que passam no Brasil. Ainda não andei pelas ruas no domingo pra ver se as igrejas estão cheias, mas é bem provável que sim.

Tem até uma rua aqui em Wellington que se chama “Church street”.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Backpacker, nem sempre a melhor opção

Quando começamos a ler sobre a Nova Zelândia e as opções mais baratas de acomodação, o que mais ouvimos falar foi sobre os backpackers – mais conhecidos como albergues no Brasil. Lemos que era possível encontrar diárias por volta de 20 dólares em backpackers, e que eles são a acomodação preferida de mochileiros ou estudantes internacionais.

Ao pesquisar para escolher onde ficaríamos quando chegássemos, começamos a ver que não era bem assim. No Google Maps encontramos dezenas de backpackers em Wellington, mas ao entrar no site de cada um deles, os preços assustaram. Sim, existem opções de diárias bem baratas, por volta dos 20 dólares, mas isso se você não se importar de ficar em um quarto com mais 6, 8, 10 ou mais pessoas. Talvez seja uma boa pra quem viaja sozinho, em busca de aventura. Afinal, num quarto com pessoas desconhecidas é mais fácil conhecer gente e encontrar diversão. Mas não é bem o nosso caso...

Procurávamos um quarto privativo, onde pudéssemos ficar só nós dois, e nesse caso, os preços sobem bastante. Levando em conta que já teríamos que usar banheiro, chuveiro, cozinha, sala e tv coletivos, não seria pedir muito ter pelo menos um quarto só pra gente, pra termos um pouco de privacidade e poder deixar nossas bagagens tranquilamente (não é preconceito, mas em backpacker tem gente de todo canto do mundo, não dá pra confiar em todo mundo).

Os valores para diárias de quartos duplos mais baratos que encontramos foram por volta de 60 dólares (pelo quarto, não por pessoa). Alguns chegavam a cobrar $60 por pessoa. Absurdo. O que fizemos foi reservar um quarto apenas para a primeira semana. Assim, chegando aqui, poderíamos andar pela cidade e ver se encontraríamos alguma opção mais barata, mesmo porque não sabíamos se iríamos nos adaptar ao backpacker que escolhemos, o Rowena’s Lodge (não tinha muitas fotos no site).

Quando chegamos, confesso que foi um baque. O lugar não é tão ruim, mas na situação em que nos encontrávamos, cansados da viagem de quase dois dias, precisando de um banho quente, comida e cama, foi desanimador. Tomar banho no banheiro coletivo não é lá muito agradável. Os boxes até que não eram tão apertados, mas ter que entrar com roupa suja, roupa limpa, toalha, shampoo e companhia, se trocar no chão molhado (e torcer pra que não caia tudo nesse chão)... é um porre. Fora que quando alguém ia usar a pia do banheiro e ligava a torneira, quase morríamos queimados ou congelados, porque a temperatura da água do chuveiro ficava toda desregulada. Já passei por coisa pior, mas quando eu ia acampar com galera, aí o pique era outro. Pelo menos a cama era boa e a coberta bem quente, disso não podemos reclamar.

Nosso primeiro "lar"... isso que vocês estão vendo era todo o nosso território no backpacker, o resto era coletivo (a bagunça é só um detalhe)


Mas depois que descansamos da viagem, o primeiro passo foi andar pela cidade e conhecer outras possibilidades de acomodação, se não mais baratas, pelo menos mais confortáveis.

Passados alguns dias, encontramos outro backpacker, o Rosemere Backpacker. Tínhamos entrado no site deles no Brasil e parecia melhor que onde estávamos, mas inicialmente não tinha vaga. Então, fizemos uma reserva pra quando saíssemos do outro Rowena’s. Porém, nesse meio tempo, conhecemos uma família de brasileiros (Junior, Márcia e os dois filhos, de Piracicaba) que nos falou sobre um hotel onde eles haviam morado por um tempo, por um preço bem atrativo, então fomos conhecer.

Motor Inn – um hotel com jeito de casa

Chegamos ao Carillon Motor Inn, um hotel antigo, tipo casarão, cuja dona é uma senhora, Mrs. Bernice. Quando chegamos ela não foi lá muito receptiva, olhou meio desconfiada. Mas o Shurato começou a conversar com ela e explicou que o Junior, que havia morado lá, tinha nos indicado, que precisávamos ficar cerca de oito semanas, enquanto estudamos inglês. Ela logo foi com nossa cara, e acabou fazendo um pacote pra gente – fechamos um quarto por 200 dólares por semana. No backpacker, estávamos pagando 420 por semana.

Ou seja, por menos da metade do preço, conseguimos um quarto maior, com banheiro privativo, TV, e outras coisinhas mais, como um armário e uma mesa. Quem procura acha! rs. A única desvantagem aqui é que ainda não temos nossa própria cozinha e geladeira, e temos que usar a do hotel. Mas isso não é tão complicado, em alguns horários é bem tranquilo. O lugar é meio estranho à primeira vista, à noite chega a ser meio assustador, rs, o carpete cheira um pouco de mofo, mas aos poucos nosso quarto ficou com cara de casa.

Bem melhor, não!
Aqui às vezes aparecem “hóspedes casuais”, pra ficar uma noite ou duas, mas a maioria das pessoas mora por aqui, alguns há meses. Sair daqui, só se arrumarmos emprego e conseguirmos alugar um apê por um bom preço com nossa própria cozinha. Mas nem sabemos se continuaremos em Wellington depois do curso, então por enquanto nem vale a pena sair daqui.

Enfim, a dica é essa, pra quem vai viajar pro exterior, nem sempre as opções disponíveis na internet são as melhores e mais baratas. Pra quem é mais novo, não fala nada de inglês, uma outra boa opção é ficar em Homestay, ou seja, casa de família. Nossos novos amigos brasileiros estão nesse esquema e se sentiram bem acolhidos quando chegaram. Fora que os pacotes já incluem alimentação, então acaba saindo bem barato. Mas pra quem já é mais independente e não se adaptaria a morar com uma família “estranha”, existem essas opções debaixo do tapete. Hotéis antigos, casarões que alugam quartos, até alguns motéis podem sair bem barato pra passar um fim de semana ou pouco tempo (Motel aqui não tem o mesmo sentido que no Brasil, é simplesmente um lugar pra passar a noite).

O que vale é pesquisar, andar pela cidade, perguntar para quem é de lá ou já foi para lá há mais tempo, enfim, não tomar como única base a internet e os guias de viagem.
Have a nice trip!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Primeiras conquistas na Nova Zelândia

Telefone Celular – Telecom Pré-pago
NZ$ 99,00 (ainda ganhamos $10,00 em créditos)
Dick Smith Eletronics – Nossa loja preferida de eletrônicos, tem de tudo e os preços são bacanas.
Detalhe, só compramos Telecom porque o Tó falou que o celular dele era Telecom, no fim, o dele é Vodafone (a concorrente, como se fosse a TIM no Brasil, de chip), todos os imigrantes tem Vodafone, e só a gente tem Telecom (que é a Vivo daqui, rs, CDMA ainda).

Laptop Asus Eee PC
NZ$ 749,00
Dick Smith Eletronics
Mais barato que este, só um que vinha com Linux em vez de Windows. Mas optamos por este "portátil" por ser mais prático para levarmos de um lado para o outro. Tem nos ajudado bastante...

Head Phone Dick Smith
NZ$ 29,99
Dick Smith Eletronics
Apesar do laptop já ter microfone e caixa de som embutidos, fica mais fácil falar com a família pelo Skype com esse Head Phone, pois o som fica mais nítido, para os dois lados.

Aquecedor elétrico
NZ$ 12,00
Cash Converters – um tipo de brechó que tem tudo o que você possa imaginar “semi-novo”, as pessoas vendem suas coisas usadas lá e eles revendem. Tem desde eletrônicos, computadores, artigos esportivos, eletrodomésticos, e algumas coisas novas, tipo CDs a 5 dólares.
Estava difícil dormir sem ele, aqui faz muito frio durante a noite.

Varal portátil
NZ$ 12
The Warehouse – um tipo de megastore que tem de tudo para a casa, eletrônicos, roupas, artigos de perfumaria e limpeza, guloseimas e outras coisas mais, tudo a ótimos preços.
Agora a gente não precisa mais estender roupas nas portas e no box do banheiro, rs.

Kit refeição
Jogo com 4 pratos – NZ$ 6,99
Jogo com 16 talheres – NZ$ 7,99
Jogo com 2 canecas – NZ$ 5,99
Abridor de latas – NZ$ 3,92
The Warehouse
Depois de passar 3 semanas usando pratos, copos e talheres descartáveis, fomos ns Warehouse e fizemos a festa (ainda faltam as panelas e o resto do chá de cozinha, rs, mas isso só mais pra frente).

Ah, também abrimos uma conta bancária. Afinal, não dá pra ficar andando só com dinheiro vivo pela cidade. Como o Shurato já tinha trocado e-mails com o banco Westpac, não foi tão difícil abrir uma conta, só precisamos do passaporte e do comprovante de endereço no Brasil. Agora é tudo no cartão de débito (as taxas bancárias aqui não são lá muito baratas, pra fazer um saque, por exemplo, a taxa é de $3,50 – independente do valor do saque, pra depositar também paga-se a mesma taxa, então o negócio é ir passando tudo no cartão, já que aceitam em qualquer lugar).

O próximo passo é arrumar um emprego, afinal, por enquanto o dinheiro está só saindo, precisa começar a entrar. Mas isso é assunto pra outro post...

domingo, 16 de novembro de 2008

As crianças

Tem muita gente que diz que bebês e crianças são todos bonitos. Em geral, não é verdade. Alguns sao bem estranhinhos. Mas aqui na NZ, ou pelo menos em Wellington, todas as crianças são bonitas (pelo menos todas que a gente vê pela rua, rs). É sério! São todas fofas, loirinhas ou morenas (poucas), olhos claros e brilhantes, bochechas rosadas (talvez por causa desse vento gelado na cara), as roupas mais fofas do mundo... são todas lindas!

Andando de tricíclo, patinete ou bicicletinha no calçadão, nos milhares de carrinhos de bebês, brincando na praia (peladinhas na beira do mar), nos diversos playgrounds espalhados pela cidade, no mercado... dá vontade de apertar todas elas. As meninas então, com suas roupinhas cor de rosa, sainhas, vestidinhos, chapéuzinhos, lacinhos no cabelo, sapatinhos emperequetados, são a coisa mais linda do mundo.

O Shurato tem uma teoria de que algo inexplicável acontece no meio do processo de crescimento dessas crianças, especialmente nas meninas, rs. Isso porque elas não são tão bonitas quando jovens ou adultas. Algumas se vestem feito homens, outras se acham a pessoa mais fashion do mundo e usam as mais bizarras combinações de roupas, fora os cabelos das mais variadas cores (pink, laranja, verde, azul...). Ou ficam muito magras, ou gordinhas. Enfim, não sei o que acontece, mas o fato é que, quando crianças, são encantadoras (e olha que eu não sou a pessoa mais apaixonada por crianças no mundo, rs).

Uma coisa legal é que aqui elas têm condição de ter uma infância bem saudável ao ar livre. São muitas opções de lazer, parques espalhados por toda a cidade com muito verde e espaço para elas brincarem, ciclovias e calçadões onde elas podem andar com suas bicicletinhas tranquilamente, só fica em casa quem quer.

Os parques são todos muito bem cuidados, dá gosto de ver. Tem uma lixeira a cada poucos metros e as pessoas não jogam lixo no chão (salvo algumas excessões, porque tem porco em todo lugar do mundo). Quem sabe, se fosse assim no Brasil, as pessoas não cresceriam mais conscientes com relação ao meio ambiente e ao planeta.

sábado, 15 de novembro de 2008

Novo link para as fotos!

Oi pessoal,

Coloquei um novo link para os nossos álbuns de fotos aqui no blog, para ficar mais fácil. Está aqui na coluna da direita, é só descer a barra de rolagem e clicar na fotinho da capa do álbum que você quer ver.

Ainda estou aprendendo a mexer, então não estão aparecendo todos os álbuns por enquanto, mas já dá pra ver alguns.

Aliás, tem um novo lá, "Praia, Botanic Garden e outras", entrem lá pra ver!

Beijos,
Cris

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mais fotos!

Oie!

Quem quiser ver mais fotinhos, é só clicar neste link e entrar no meu álbum. Também coloquei algumas no meu orkut, devidamente legendadas.

Beijos,
Cris

O Kiwi English

Antes de vir para a NZ já sabíamos que o inglês daqui não seria o mesmo que estávamos acostumados a ouvir nas músicas e filmes. Mesmo entendendo bem o inglês americano, o Shurato tinha noção de que o sotaque daqui seria outro. Pra mim, não faz muita diferença, porque mesmo no inglês americano eu tenho dificuldades para entender o que as pessoas falam.

Mas tudo bem, viemos com uma pré-matrícula para um curso de 8 semanas na MFH (link), uma escola bem conhecida dos imigrantes daqui, especialmente os asiáticos (tem de tudo lá, chinês, japonês, coreano, tailandês, indonésio, indiano, turco, húngaro e, claro, brasileiro).

Durante a viagem, como viemos pela LAN Chile, coloquei em prática todo o meu espanhol (que aprendi em um ano de curso, rs) pra entender o que as aeromoças, o piloto e os funcionários da LAN falavam. Não entendi 100%, mas foi mais fácil que em inglês. Chegando em Auckland, passei a bola pro Shu, afinal, inglês é mais com ele. Mas logo de cara foi um baque: mesmo as funcionárias do aeroporto, que falam mais pausadamente porque estão acostumadas a lidar com estrangeiros, foi bem difícil entender tudo o que diziam.

Os “nativos” daqui então, aff. No taxi, nos restaurantes, em todo lugar, parece uma outra língua. É diferente do inglês americano, mas também é diferente do inglês britânico, enfim, é o inglês Kiwi.

Aos poucos vamos nos acostumando com a pronúncia de algumas palavras e vamos nos virando. O número 10, por exemplo, aqui não se fala “ten”, como aprendemos no Brasil, mas sim “tin” (é escrito com e, mas eles pronunciam com i). Entre outras peculiaridades, hoje já entendemos quando a caixa do supermercado pergunta se precisamos de uma bag (sacola) ou se a atendente do Mc Donalds pergunta se vamos levar pra viagem ou comer lá mesmo. Enfim, são coisas bobas que muitas vezes nossa resposta foi “sorry” ou “I don’t understand”.

O melhor é quando as pessoas acham que eu falo inglês e começam a falar um monte de coisas, super rápido, olhando pra mim. Devo ficar com a maior cara de ué, rs. A nossa host aqui do Hotel Mrs Bernice, é uma delas. Uma velhinha ao mesmo tempo assustadora e simpática que foi com a nossa cara e nos recebeu super bem. Quando nos mudamos pra cá, ela tentou puxar papo comigo, coitada. Eu fiquei olhando ela terminar de falar e soltei logo um “sorry, I don’t speak English”, ai ela começou a rir e falou que era uma “good idea” estudar inglês, rs. Isso quando eu não solto um “no, please”, como fiz na Warehouse (uma loja que vende de tudo, de roupas, comidas até artigos pra casa) quando a moça perguntou sobre a sacola. No please! Quer a sacola ou não quer afinal! Só eu mesma, rs. Eu e o Shu morremos de rir depois, rs.

Bom, voltando ao curso de inglês. No nosso primeiro dia, aplicaram um teste de proficiência pra ver nosso nível. Mas em testes escritos eu não sou tão ruim, então, acabaram nos colocando na mesma classe. Mas logo na primeira aula boiei em muita coisa, afinal, nas aulas de inglês daqui, obviamente, só se fala inglês.

No início a professora (Susan, um amor de neo-zelandesa) até falava devagar, mas começou se empolgar aí me perdi toda. Mas conversei com ela e mudei de classe. Não tem como, o Shu se vira bem, mesmo com dificuldades, mas eu não tenho um vocabulário muito amplo, então fica difícil entender tudo e responder formulando frases de improviso. Acho que esta nova classe vai me ajudar a ter mais segurança, assim espero.

No mais, estamos lendo em inglês, assistindo TV em inglês, convivendo com pessoas que falam inglês (exceto uma ou duas vezes por semana, quando encontramos nossos amigos brasileiros e conseguimos relaxar). Estou tentando me acostumar a assistir os mesmos programas que eu via no Brasil, mas agora em English (e sem legenda, rs), como Simpsons, Friends e outros filmes e seriados diversos. Os telejornais então, só entendo quando colocam legenda ou infográficos, ou quando colocam a temperatura, sol e nuvens no mapinha da previsão do tempo.

É bem difícil, muitas vezes não entendo todo o contexto, só o tema de que estão falando. Mas vamos que vamos. Por enquanto, me contento em entender os desenhos animados feitos para crianças de 5 anos, rs.

Aotearoa

Em Maori, a língua dos nativos neo-zelandeses, é assim que é chamada a Nova Zelândia. Aotearoa significa “Terra da grande nuvem branca” (fonte). Olhando para a foto que tiramos sábado na Oriental Bay, faz sentido.

Mas, até o momento, conhecemos muito pouco deste país. Passamos por Auckland, a maior cidade daqui com cerca de 2 milhões de habitantes (e antiga capital), apenas para fazer uma conexão. Só saímos do aeroporto porque o terminal internacional e o doméstico são em prédios diferentes, menos de 10 minutos andando.

No mais, estamos em Wellington, a atual capital. Com cerca de 400 mil habitantes, é uma cidade bem agradável. Cheguei a falar um pouco sobre a cidade no blog, quando ainda estávamos no Brasil. As informações que tínhamos era o que encontrávamos em sites diversos e o que o primo do Shurato, que também ficou em Wellington, havia nos contado. Muita coisa é como havíamos lido, outras mais ou menos. A verdade é que só sabemos realmente como é um lugar quando conhecemos pessoalmente.

Terra à vista – minutos antes de pousar em Wellington

A capital nos encantou desde que colocamos os pés por aqui. E grande parte das diferenças estão no trânsito.

Saindo do aeroporto, pegamos um taxi para ir até o backpacker. Era um carro híbrido – movido a gasolina e a eletricidade – em que um computador de bordo calcula o quanto é necessário de gasolina e o quanto é necessário de energia para o carro se locomover, de acordo com o percurso (se é plano, subida, etc) e velocidade.

Muito interessante, mostra que as pessoas estão preocupadas com a sustentabilidade e, por mais que ainda utilizem combustíveis fósseis como a gasolina, já estão combinando com energias renováveis. Daí o nome da empresa de taxi, Combined. Aliás, por aqui os taxis são na maioria (se não 100%) de empresas. Não vi nenhum que fosse particular, como tantos no Brasil.

Ainda no taxi, outra grande novidade: a mão inglesa. Aqui, assim como na Inglaterra, os carros andam em direção contrária do Brasil. Dá muita aflição andar no banco de trás e ver o motorista “do lado errado”, parece que a qualquer momento vai vir um outro carro de frente. Fico imaginando como será quando eu tentar dirigir por aqui. Se bem que, mesmo como pedestre, isso também faz muita diferença.

Me pego diversas vezes olhando para o lado errado antes de atravessar a rua. Não sei como ainda não fomos atropelados. Mas os motoristas ajudam, a maioria respeita bastante os pedestres. Ah, pra andar na calçada também é preciso utilizar a mão inglesa, para desviar das pessoas, por exemplo. No Brasil, é normal que a gente desvie pela direita, mas aqui temos que fazer o contrário, senão pode acontecer de trombar com a pessoa, ou dela ficar parada na sua frente esperando que você vá pro lado “certo”, como já aconteceu comigo.

Uma semelhança é que aqui, assim como no Brasil, a velocidade é medida em quilômetros por hora e a distância em quilômetros, nada de milhas, como nos Estados Unidos.

A grande maioria dos carros são de montadoras asiáticas como Honda, Toyota, Subaru etc. Dizem que o pessoal daqui não gosta de carros europeus porque a manutenção é mais cara. Encontramos algumas pérolas como Ford Ka, Corsa (que tem outro nome e não é Chevrolet) e, pasmem, Fiat Tipo. Rimos muito quando vimos, e não foi só um. Tem também uns Kadetts, Escorts e outros carros velhos que eram bem comuns no Brasil.

Enfim, aos poucos a gente vai se acostumando. Outro exemplo são os semáforos de pedestres, que fazem barulhinhos diferentes quando devemos esperar ou atravessar, mas eles já não me surpreendem mais.

Mas muitas coisas ainda surpreendem e encantam. Continuem lendo o blog e verão várias delas...

sábado, 1 de novembro de 2008

Primeiras fotos!

Enfim encontramos uma lan house onde conseguimos baixar e anexar fotos na internet. Entao, ai vai o link com as primeiras fotos.

Primeiro, nossa pequena viagem...
Veja todas as fotos da viagem clicando aqui.

Com voces, Wellington City!

Veja todas as fotos de Wellington clicando aqui.

Sobre as novidades, estamos nos acostumando ao clima daqui. Muito vento, sempre. Tivemos dias de sol bem agradaveis e outros chuvosos e nublados (como hoje), aos poucos a gente se acostuma.
Amanha comeca o curso de ingles. Alem disso, vamos nos mudar. O backpacker onde estamos nao eh dos melhores e esta saindo meio caro, entao vamos pra um hotel que parece mais sussa e vai sair metade do preco.
Por enquanto eh isso, logo a gente manda mais noticias!
Beijos!