A tudo a gente se habitua
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua"
(Vida diet, Pato Fu)
É, estamos em Hastings há 5 dias, dos quais trabalhamos 3. Pois é, depois de passar quase 2 meses na “cidade grande”, chegou a hora de encarar a roça. O trabalho em si não está sendo tão difícil, agora é época de carpinar os matos que nascem entre os pés de abóbora para que eles possam crescer fortes e dar seus frutos. O que torna tudo mais pesado é o solão que temos que encara na cabeça o dia todo. Se formos olhar pra meteorologia, não deve passar de 26 graus, mas com o sol daqui, parece 40. Só com muito sundown 50 pra encarar...
Nosso boss passa pra nos pegar às 6h30 e o batente começa às 7h. A maioria das pessoas tem trabalhado até 19h30, ou seja, 12h de trabalho + 30 min de almoço (descontados) com alguns breakes de 15 minutos a cada 2 horas ou 2 horas e meia. Como estávamos na nossa vida sedentária, onde só andávamos a passeio, não a trabalho, os primeiros dias não foram tão fáceis. O bom é que temos a liberdade de trabalhar menos tempo. Nos dois primeiros dias fizemos 8h, no terceiro o Shura aguentou um pouco mais, eu tive que ir descansar um pouco no carro – o sol estava demais, deu até dor de cabeça. Como ganhamos por hora, não faz tanta diferença pros chefes.
Mas dá pra levar bem. Não é tanto questão de força, mas de jeito. A enxada não é daquelas grandes que usamos no Brasil, pesadas, é uma menorzinha, bem afiada, que facilita o trabalho. Porém, a grande maioria da mão-de-obra é formada por homens. Na nossa turma, somos em 4 ou 5 mulheres apenas, para 25 homens. 90% é brasileiro, os outros são da América Latina (Chile, Argentina, Uruguai). Há outras turmas com indianos e pessoas de outros lugares, mas os brasileiros dominam o trabalho nas roças neo-zelandesas (seja aqui em Hawkes Bay ou na Ilha Sul).
Enfim, tudo é questão de adaptação. Ontem e hoje não fomos trabalhar porque a chuva não deixou, então deu pra descansar bem. No começo o corpo ficou bem dolorido. Pernas, costas, braços, mãos... não é pra qualquer um. Mas agora estamos mais equipados, providenciamos chapéus e luvas pra aguentar melhor o tranco. Então que pare a chuva e venha a roça!
Se formos continuar por aqui, em meados de janeiro o trabalho deve mudar um pouco. Começa a época da colheita, que exige um pouco mais, porque normalmente paga-se por produção e não mais por hora. Mas, para minha alegria e de outras pessoas mais “frágeis”, rs, começa também o trabalho das Packing Houses, ou seja, empacotar as frutas pra despachar. Esse dizem que é bem mais tranquilo, primeiro porque é um galpão fechado, então não temos o agravante do sol. Alguns dizem que chegam a pagar até mais, ou que é possível fazer mais horas por dia. Vamos ver...
O fato é que de agora até abril este é o lugar pra faturar com a horticultura. Agora é época de abóbora, maçã, entre outras coisas como tomate e cebola. E tudo isso tem por aqui. Depois de abril, dizem que o negócio começa a esquentar nas plantações de uva. Aqui tem algumas, mas a maioria é na Ilha Sul. Mas da mesma forma que o negócio esquenta, o tempo esfria... não deve ser moleza encarar a roça no inverno daqui também.
Mas tudo bem, a gente se acostuma com o calor, com o frio, com tudo. Estamos tendo que nos acostumar com o fato de morar longe do centro da cidade, bem diferente de onde morávamos em Wellington, ao lado do centro. Ontem caminhamos mais de 10km (ida e volta) pra ir até o centro de Hastings. Isso porque a gente mora na “periferia”, em um bairro chamado Flaxmere. Até tem um comércio aqui, mas pouca coisa. O “melhor” é que só quando estávamos chegando de volta é que descobrimos que tem um ônibus que faz este percurso, rs. Mas tudo bem, coisas da vida.
Pelo menos vamos ficar “fit”, hehe. Tudo o que comemos está sendo muito bem gasto. Aliás, voltamos a comer que nem gente, estou encarando o fogão todo dia, pelo menos na janta. Minha mãe ia ficar orgulhosa, rs. E para aguentar o tranco na roça, sanduiches naturais, muitas frutas, barras de cereal e muita, mas muita água.
E assim vamos levando, até que a Imigração resolva entrar em contato com a gente para responder sobre nosso pedido de visto. Seja como for, temos que resolver esta situação logo, pois dia 28 de janeiro expira nosso visitor’s permit. Por isso, continuem torcendo por nós!
Beijos e abraços,
Cris e Shurato
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua"
(Vida diet, Pato Fu)
É, estamos em Hastings há 5 dias, dos quais trabalhamos 3. Pois é, depois de passar quase 2 meses na “cidade grande”, chegou a hora de encarar a roça. O trabalho em si não está sendo tão difícil, agora é época de carpinar os matos que nascem entre os pés de abóbora para que eles possam crescer fortes e dar seus frutos. O que torna tudo mais pesado é o solão que temos que encara na cabeça o dia todo. Se formos olhar pra meteorologia, não deve passar de 26 graus, mas com o sol daqui, parece 40. Só com muito sundown 50 pra encarar...
Nosso boss passa pra nos pegar às 6h30 e o batente começa às 7h. A maioria das pessoas tem trabalhado até 19h30, ou seja, 12h de trabalho + 30 min de almoço (descontados) com alguns breakes de 15 minutos a cada 2 horas ou 2 horas e meia. Como estávamos na nossa vida sedentária, onde só andávamos a passeio, não a trabalho, os primeiros dias não foram tão fáceis. O bom é que temos a liberdade de trabalhar menos tempo. Nos dois primeiros dias fizemos 8h, no terceiro o Shura aguentou um pouco mais, eu tive que ir descansar um pouco no carro – o sol estava demais, deu até dor de cabeça. Como ganhamos por hora, não faz tanta diferença pros chefes.
Mas dá pra levar bem. Não é tanto questão de força, mas de jeito. A enxada não é daquelas grandes que usamos no Brasil, pesadas, é uma menorzinha, bem afiada, que facilita o trabalho. Porém, a grande maioria da mão-de-obra é formada por homens. Na nossa turma, somos em 4 ou 5 mulheres apenas, para 25 homens. 90% é brasileiro, os outros são da América Latina (Chile, Argentina, Uruguai). Há outras turmas com indianos e pessoas de outros lugares, mas os brasileiros dominam o trabalho nas roças neo-zelandesas (seja aqui em Hawkes Bay ou na Ilha Sul).
Enfim, tudo é questão de adaptação. Ontem e hoje não fomos trabalhar porque a chuva não deixou, então deu pra descansar bem. No começo o corpo ficou bem dolorido. Pernas, costas, braços, mãos... não é pra qualquer um. Mas agora estamos mais equipados, providenciamos chapéus e luvas pra aguentar melhor o tranco. Então que pare a chuva e venha a roça!
Se formos continuar por aqui, em meados de janeiro o trabalho deve mudar um pouco. Começa a época da colheita, que exige um pouco mais, porque normalmente paga-se por produção e não mais por hora. Mas, para minha alegria e de outras pessoas mais “frágeis”, rs, começa também o trabalho das Packing Houses, ou seja, empacotar as frutas pra despachar. Esse dizem que é bem mais tranquilo, primeiro porque é um galpão fechado, então não temos o agravante do sol. Alguns dizem que chegam a pagar até mais, ou que é possível fazer mais horas por dia. Vamos ver...
O fato é que de agora até abril este é o lugar pra faturar com a horticultura. Agora é época de abóbora, maçã, entre outras coisas como tomate e cebola. E tudo isso tem por aqui. Depois de abril, dizem que o negócio começa a esquentar nas plantações de uva. Aqui tem algumas, mas a maioria é na Ilha Sul. Mas da mesma forma que o negócio esquenta, o tempo esfria... não deve ser moleza encarar a roça no inverno daqui também.
Mas tudo bem, a gente se acostuma com o calor, com o frio, com tudo. Estamos tendo que nos acostumar com o fato de morar longe do centro da cidade, bem diferente de onde morávamos em Wellington, ao lado do centro. Ontem caminhamos mais de 10km (ida e volta) pra ir até o centro de Hastings. Isso porque a gente mora na “periferia”, em um bairro chamado Flaxmere. Até tem um comércio aqui, mas pouca coisa. O “melhor” é que só quando estávamos chegando de volta é que descobrimos que tem um ônibus que faz este percurso, rs. Mas tudo bem, coisas da vida.
Uma coisa é certa, a cidade é linda, pequena, porém super aconchegante e com tudo o que precisamos. E mesmo trabalhando na roça, quando a gente cansa, olha pros lados e respira fundo, logo ganha novo ânimo, porque o visual é maravilhoso.
Pelo menos vamos ficar “fit”, hehe. Tudo o que comemos está sendo muito bem gasto. Aliás, voltamos a comer que nem gente, estou encarando o fogão todo dia, pelo menos na janta. Minha mãe ia ficar orgulhosa, rs. E para aguentar o tranco na roça, sanduiches naturais, muitas frutas, barras de cereal e muita, mas muita água.
E assim vamos levando, até que a Imigração resolva entrar em contato com a gente para responder sobre nosso pedido de visto. Seja como for, temos que resolver esta situação logo, pois dia 28 de janeiro expira nosso visitor’s permit. Por isso, continuem torcendo por nós!
Beijos e abraços,
Cris e Shurato


A trilha começa na Oriental Parade, principal avenida de Oriental Bay (lugar que freqüentamos quase que diariamente). Intercalando rampas e escadas em zigue-zague, vamos subindo e passando por entre casas antigas e condomínios de luxo, até chegar à primeira parada.








... super fácil enxergar a setinha, ainda mais quando já se está cansado de tanto andar. Da primeira vez que o Shurato fez essa trilha, ele foi sozinho. Advinhem! Sim, ele se perdeu umas três vezes porque não viu a sinalização, rs.



Lá no meio desse marzão todo, dá pra ver a Ferry que leva passageiros e cargas para a Ilha Sul - são 3 horas de Wellington (aqui) até Picton (lá). Dizem que a viagem é linda e que, em algumas épocas do ano, é possível ver golfinhos.





Reserva de Taputeranga, uma área cheia de rochas e algas protegida pelas autoridades ambientais. As pessoas mergulham aqui perto, deve ser super bonito, pois a fauna marinha é muito rica por aqui.
Enfim, a praia de Island Bay. Muito bonita, mas com muitos barcos, rochas e algas. Fica meio difícil entrar na água e nadar, mas a praia é bem bonita. 

Bom, depois de andar quase 5 horas, nada mais justo que voltar pra casa de ônibus. Foi a primeira vez que andei de ônibus aqui na Nova Zelândia. Não é nada tão diferente do Brasil, rs, custou $4 por pessoa (porque aqui os ônibus cobram por quilometragem, e fomos do ponto inicial até perto do ponto final), bem carinho, mas pelo menos o ônibus é bem conservado, limpo e fui sentadinha (tudo bem que era sábado, não sei como é nos outros dias da semana).

